quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ignorante, tu estudas?/vês o tempo passar?

O post de hoje, meu caro amigo ignorante, será à volta de uma palavra que o mais provável é que você, aí sentado de fronte de um computador sem nada de mais interessante para fazer sem ser ler um mísero blogue e que eu, mísera pessoa que nada de interessante tem para fazer excepto escrever um mísero post num mísero blog, faço (acho eu): estudar. Aviso desde já que o comprimento da frase anterior é apenas para que comecem a ler e digam coisas como: Eh lá! ou Epa, um caviar agora caía bem com este blog!. Sim, porque não queremos que ninguém morra à fome (de óptimos posts...cof, cof...).

Pois bem, segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (a quem agradeço já toda a ajuda que me têm dado, e que podem consultar em http://www.priberam.pt/DLPO/) a palavra estudar tem os seguintes significados:

v. tr.
1. Frequentar as aulas de.
2. Fazer o possível para conhecer ou compreender.
3. Analisar atentamente.
4. Planear.
5. Decorar.
6. Ensaiar.
7. Sondar, tratar de conhecer.
8. Examinar, observar.
v. intr.
9. Ser estudante; ser estudioso; aplicar a inteligência.
v. pron.
10. Observar-se; procurar conhecer-se.


Pois, eu agora podia começar aqui com frases como O mito é o nada que é tudo só para dizer que sou e não sou estudante. Em vez disso, passo a um raciocínio lógica acerca da palavra.

Premissas:
1. Eu sou estudante.
2. Eu não frequento aulas.
3. Eu se calhar até faço o possível para conhecer ou compreender.
4. Eu planeio, e muito.
5. Eu decoro...a casa, as folhas e livros de disciplinas menos interessantes, etc.
6. Eu ensaio...apresentações de trabalhos que depois têm notas esquisitas.
7. Eu sondo ou trato de conhecer...muita gente do sítio onde "estudo".
8. Eu examino e observo...tento examinar os exames mas depois acabo mesmo só por observar, tanto o exame como os outros a entregar.
9. Sou estudante, não sou estudioso e não sei o que é a inteligência.
10. Eu observo-me, tento conhecer-me...a cada dia que passa. Como diria Fernando Pessoa num certo poema que não me recordo, Estranho-me.

Conclusão:
Quem é que não é estudante? É uma estupidez dizer que uns são estudantes (ui que eles levam uma vida super boémia! Ui que eles às vezes têm de estudar umas coisas! Ui que eles às vezes têm trabalhos para apresentar e chegar mesmo a esforçar-se, quem diria), enquanto na realidade todos o somos (uns mais que outros. Tecnicamente falando, o limite do estudante quando a idade tende para infinito é zero). Quem não aprende (na base, o ponto 8 do dicionário) a cada dia que passa com os erros que comete, com os sucessos que tem, etc.?

Começo a pensar que a definição de estudante devia ser algo como (e acrescento uns pontos):
11. Etapa da vida em que o indivíduo mais aprende consigo mesmo;
12. Etapa da vida do indivíduo em que mais erros são cometidos mas nem sempre uma lição de lá é tirada;
13. Altura em que o indivíduo percebe-se que o tempo não é estático.

E agora mudando de assunto!
Tenho uma teoria espectacular para propor aqui e que talvez tenha o seu quê de científico!
Eu há algum tempo para cá é que me tenho apercebido que o tempo passa: as pessoas mudam, as rotinas mudam, etc. Mas só denotei tal coisa quando mudei de sítio. Se calhar, se eu tivesse ficado em Torres Novas a estudar nem dava por isso, mas agora que estou em Lisboa a estudar, noto isso. Estaremos perante uma relatividade psicológica? Talvez sim, talvez não...
A verdade é que, num espaço de tempo pequeno (digamos cerca de 3 meses) muita coisa muda. Parece que se passou muito tempo devido a toda a quantidade de alterações que ocorreram...mas não, os 3 meses nada mais foram do que 3 meses...eu é que mudei de sítio...

Devo andar com o meu espaço desfasado do tempo, daí o post...

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