Um dia, farei uma licenciatura em nada. É que é aquilo que melhor sei fazer e nunca recebi nenhum reclamação! Cada vez que estou a fazer nada todos dizem mal não por eu o estar a fazer mas por não estar a fazer outra coisa. Quando estou a fazer algo que não seja nada, há sempre a opção de dizerem: estás a fazer isso mal! Fazia a licenciatura, mestrado e doutoramento...talvez ainda pensasse num pós-doutoramento em teorias de nada!
Mas já viram bem o que nos leva a não fazer nada? Já viram bem o papel das tecnologias nisto tudo?
Passo a explicar: imagina-te num mundo sem internet!
Bem, não podias arranjar a informação com facilidade e, portanto, tinhas de trabalhar mais. Quando querias ver os exames de outros anos, tinhas de os ir fotocopiar. Para trabalhos, tinhas de ir consultar livros e ter a certeza que estavas a ver o livro correcto senão era um perda de tempo.
Com a internet, conseguimos tudo com muito mais facilidade! E como temos tudo muito mais facilitado, temos tendência a deixar as coisas que realmente temos para fazer em segundo plano devido à sua facilidade aparente!
E para que usamos o tempo em que não estamos a fazer o que devemos?
A fazer nada! É por isso que estou a pensar em formar-me nessa área...
Então qual é o teu emprego?
Nada!
Mas tens salário?
Tenho!
Então mas porque mereces ganhá-lo?
Quanto mais nada fizer, mais ganho! Mas acho que tem potencialidades para ganhar mais!
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Ignorante de segunda a sexta. Burro aos sábados, domingos e feriados...
terça-feira, 22 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
Ignorante, tens sorte?
Desta vez proponho irmos pelo caminho do destino (se é que ele existe).
Antes de mais, imaginemos o caso de José Saramago, recentemente falecido, que conseguiu, como sabem, o nobel da literatura.
Ele era uma pessoa do campo e calhou os pais decidirem ir para a cidade...teve sorte!
Calhou ele lá ter acesso aos livros e ter uma biblioteca ao pé...teve sorte!
Se formos a ver, tudo aquilo que se passa, que nos guia, que nos faz...é a sorte!
Se calhar eu estou aqui, antes de mais, porque tive a sorte de nenhum dos meus ancestrais remotos ser devorado por um predador, de todos ele terem sobrevivido aos mais perigosos cataclismos a nível ambiental, de ser o espermatozoide escolhido, de ter sido naquele mês...tive a sorte de ter montes de pessoas á volta que me influenciaram, de ter bons professores, etc.
Eu proponho a sorte como Deus! Dígamos, um "monoteísmo sorteado". Uma espécie de poker religioso, uma roleta russa dos santos sortudos. Afinal merecem...se não fosse a sorte que eu tive, não estava aqui!
Se calhar até foi isso que há uns anos fizeram...fizeram o mesmo raciocínio que fiz acima e pensaram "Que sorte tenho por ter vinho!", "Epa, vamos associar a sorte do vinho ao Baco!"; "Que sorte tenho por ter vindo vivo da guerra!", "Sorte vindo da guerra...ora ora bem...Marte!"; "Então olha lá, e se eu tiver sorte no geral?", "Dizes que tens Zeus!"...
A religião é, nesta perspectiva, a personificação da sorte, o baton que os teus lábios nunca viram, a colher que a tua sopa nunca provou! (nunca tão tocantes palavras disse a minha pessoa!)
Antes de mais, imaginemos o caso de José Saramago, recentemente falecido, que conseguiu, como sabem, o nobel da literatura.
Ele era uma pessoa do campo e calhou os pais decidirem ir para a cidade...teve sorte!
Calhou ele lá ter acesso aos livros e ter uma biblioteca ao pé...teve sorte!
Se formos a ver, tudo aquilo que se passa, que nos guia, que nos faz...é a sorte!
Se calhar eu estou aqui, antes de mais, porque tive a sorte de nenhum dos meus ancestrais remotos ser devorado por um predador, de todos ele terem sobrevivido aos mais perigosos cataclismos a nível ambiental, de ser o espermatozoide escolhido, de ter sido naquele mês...tive a sorte de ter montes de pessoas á volta que me influenciaram, de ter bons professores, etc.
Eu proponho a sorte como Deus! Dígamos, um "monoteísmo sorteado". Uma espécie de poker religioso, uma roleta russa dos santos sortudos. Afinal merecem...se não fosse a sorte que eu tive, não estava aqui!
Se calhar até foi isso que há uns anos fizeram...fizeram o mesmo raciocínio que fiz acima e pensaram "Que sorte tenho por ter vinho!", "Epa, vamos associar a sorte do vinho ao Baco!"; "Que sorte tenho por ter vindo vivo da guerra!", "Sorte vindo da guerra...ora ora bem...Marte!"; "Então olha lá, e se eu tiver sorte no geral?", "Dizes que tens Zeus!"...
A religião é, nesta perspectiva, a personificação da sorte, o baton que os teus lábios nunca viram, a colher que a tua sopa nunca provou! (nunca tão tocantes palavras disse a minha pessoa!)
domingo, 6 de junho de 2010
Ignorante, superlativo?
No outro dia uma reflexão surgiu: porque que é que não podemos dizer mais "grande" mas ninguém leva a mal se dissermos "mais pequeno"?
A justificação mais plausível que se arranjou foi: o povo é que manda! E, citando o meu caro colega André Santos: "...quem fala é o povo e embora nao esteja tao gramaticalmente correcto a maria peixeira e o ze do talho disseram mais pequeno tanta vez q ficou e agora ta mais q integrado na lingua e como tal é CERTO dizer assim obvio q se fossemos todos pessoa escreveriamos menor como nao... assim fica".
Acho que fica a reflexão gramatical do assunto.
Agora uma parte filosófica do assunto...
Bem, estava eu calmamente a fazer uma das minhas frases filosóficas, daquelas imensamente profundas, que eu filosofo bastante...ou não...e surgiu-me a seguinte:
"Cada acção tem um tempo e espaço próprios...". Só que depois precisava de completar a frase...e estava para dizer "só temos de achar o momento próprio para a tomar".
Reflexão posterior: se cada acção tem o seu tempo e espaço próprios, como é que vou achar o momento próprio para a acção?
Bem meus caros, isto os raciocinios filosóficos têm sempre estas conclusões brilantes: a acção é como si própria! E nada mais!
Achar o tempo e espaço próprios para uma acção? Para quê? O espaço e tempo próprios da acção são a acção.
Resumindo: preparem as acções para todos os sitios e horários que elas acontecem quando querem!
A justificação mais plausível que se arranjou foi: o povo é que manda! E, citando o meu caro colega André Santos: "...quem fala é o povo e embora nao esteja tao gramaticalmente correcto a maria peixeira e o ze do talho disseram mais pequeno tanta vez q ficou e agora ta mais q integrado na lingua e como tal é CERTO dizer assim obvio q se fossemos todos pessoa escreveriamos menor como nao... assim fica".
Acho que fica a reflexão gramatical do assunto.
Agora uma parte filosófica do assunto...
Bem, estava eu calmamente a fazer uma das minhas frases filosóficas, daquelas imensamente profundas, que eu filosofo bastante...ou não...e surgiu-me a seguinte:
"Cada acção tem um tempo e espaço próprios...". Só que depois precisava de completar a frase...e estava para dizer "só temos de achar o momento próprio para a tomar".
Reflexão posterior: se cada acção tem o seu tempo e espaço próprios, como é que vou achar o momento próprio para a acção?
Bem meus caros, isto os raciocinios filosóficos têm sempre estas conclusões brilantes: a acção é como si própria! E nada mais!
Achar o tempo e espaço próprios para uma acção? Para quê? O espaço e tempo próprios da acção são a acção.
Resumindo: preparem as acções para todos os sitios e horários que elas acontecem quando querem!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Ignorante, "maturizas"?
Maturizar, do verbo madurecer, ficar maduro...coisa que nem sei se existe mas que actualmente se aplica na perfeição...
Será que somos maduros o suficiente para a nossa idade? Quando ocorre aquele "click" que nos leva a dizer Epa, estou aqui que nem um homem maduro!?
A verdade é que, não estejam à espera do click que ele pura e simplesmente não ocorre!
Há pessoas que os ouvem e até vêem e que ficam com a vida orientada. Vejamos o exemplo da irmã Lúcia (com todo o respeito) que teve um click ao ver N. S. de Fátima: teve de ganhar maturidade para guardar segredos (que depois se vieram a saber...mas isso não interessa...e que só se souberam depois das coisas acontecerem...mas isso também não é para aqui chamado...), teve de ter agilidade suficiente para projectar marketing à volta da coisa, teve de fazer túneis para as esmolas, etc.
Mas o click? Onde anda ele?
Escusamos de o procurar...acredito que quando mais erramos, mais maduros ficamos...
Porque, se formos a ver bem, a adolescência acaba por ser uma consciencialização (e sua resolução mental e intrinseca e pessoal) dos erros cometidos em criança. Por sua vez, em adulto fazemos o mesmo com os problemas de adolescente...
Em velhos já não temos problemas...já estamos tão habituados a pensar que só pensamos que deviamos ter problemas como em adolescentes...
Serão correntes que nos prendem a mentalidades estranhas? É que se calhar os clicks que se ouvem podem não ser como os da irmã Lúcia...podem antes ser ali as correntes a bater no chão que nem "correntes maduras"...mas não te esqueças que tu é que as arrastas, tu é que andas com elas atrás...tu é que as tens de cortar...
Será que somos maduros o suficiente para a nossa idade? Quando ocorre aquele "click" que nos leva a dizer Epa, estou aqui que nem um homem maduro!?
A verdade é que, não estejam à espera do click que ele pura e simplesmente não ocorre!
Há pessoas que os ouvem e até vêem e que ficam com a vida orientada. Vejamos o exemplo da irmã Lúcia (com todo o respeito) que teve um click ao ver N. S. de Fátima: teve de ganhar maturidade para guardar segredos (que depois se vieram a saber...mas isso não interessa...e que só se souberam depois das coisas acontecerem...mas isso também não é para aqui chamado...), teve de ter agilidade suficiente para projectar marketing à volta da coisa, teve de fazer túneis para as esmolas, etc.
Mas o click? Onde anda ele?
Escusamos de o procurar...acredito que quando mais erramos, mais maduros ficamos...
Porque, se formos a ver bem, a adolescência acaba por ser uma consciencialização (e sua resolução mental e intrinseca e pessoal) dos erros cometidos em criança. Por sua vez, em adulto fazemos o mesmo com os problemas de adolescente...
Em velhos já não temos problemas...já estamos tão habituados a pensar que só pensamos que deviamos ter problemas como em adolescentes...
Serão correntes que nos prendem a mentalidades estranhas? É que se calhar os clicks que se ouvem podem não ser como os da irmã Lúcia...podem antes ser ali as correntes a bater no chão que nem "correntes maduras"...mas não te esqueças que tu é que as arrastas, tu é que andas com elas atrás...tu é que as tens de cortar...