terça-feira, 22 de junho de 2010

Ignorante, nadas?

Um dia, farei uma licenciatura em nada. É que é aquilo que melhor sei fazer e nunca recebi nenhum reclamação! Cada vez que estou a fazer nada todos dizem mal não por eu o estar a fazer mas por não estar a fazer outra coisa. Quando estou a fazer algo que não seja nada, há sempre a opção de dizerem: estás a fazer isso mal! Fazia a licenciatura, mestrado e doutoramento...talvez ainda pensasse num pós-doutoramento em teorias de nada!

Mas já viram bem o que nos leva a não fazer nada? Já viram bem o papel das tecnologias nisto tudo?
Passo a explicar: imagina-te num mundo sem internet!
Bem, não podias arranjar a informação com facilidade e, portanto, tinhas de trabalhar mais. Quando querias ver os exames de outros anos, tinhas de os ir fotocopiar. Para trabalhos, tinhas de ir consultar livros e ter a certeza que estavas a ver o livro correcto senão era um perda de tempo.
Com a internet, conseguimos tudo com muito mais facilidade! E como temos tudo muito mais facilitado, temos tendência a deixar as coisas que realmente temos para fazer em segundo plano devido à sua facilidade aparente!

E para que usamos o tempo em que não estamos a fazer o que devemos?
A fazer nada! É por isso que estou a pensar em formar-me nessa área...

Então qual é o teu emprego?
Nada!
Mas tens salário?
Tenho!
Então mas porque mereces ganhá-lo?
Quanto mais nada fizer, mais ganho! Mas acho que tem potencialidades para ganhar mais!

domingo, 20 de junho de 2010

Ignorante, tens sorte?

Desta vez proponho irmos pelo caminho do destino (se é que ele existe).
Antes de mais, imaginemos o caso de José Saramago, recentemente falecido, que conseguiu, como sabem, o nobel da literatura.
Ele era uma pessoa do campo e calhou os pais decidirem ir para a cidade...teve sorte!
Calhou ele lá ter acesso aos livros e ter uma biblioteca ao pé...teve sorte!

Se formos a ver, tudo aquilo que se passa, que nos guia, que nos faz...é a sorte!
Se calhar eu estou aqui, antes de mais, porque tive a sorte de nenhum dos meus ancestrais remotos ser devorado por um predador, de todos ele terem sobrevivido aos mais perigosos cataclismos a nível ambiental, de ser o espermatozoide escolhido, de ter sido naquele mês...tive a sorte de ter montes de pessoas á volta que me influenciaram, de ter bons professores, etc.

Eu proponho a sorte como Deus! Dígamos, um "monoteísmo sorteado". Uma espécie de poker religioso, uma roleta russa dos santos sortudos. Afinal merecem...se não fosse a sorte que eu tive, não estava aqui!

Se calhar até foi isso que há uns anos fizeram...fizeram o mesmo raciocínio que fiz acima e pensaram "Que sorte tenho por ter vinho!", "Epa, vamos associar a sorte do vinho ao Baco!"; "Que sorte tenho por ter vindo vivo da guerra!", "Sorte vindo da guerra...ora ora bem...Marte!"; "Então olha lá, e se eu tiver sorte no geral?", "Dizes que tens Zeus!"...

A religião é, nesta perspectiva, a personificação da sorte, o baton que os teus lábios nunca viram, a colher que a tua sopa nunca provou! (nunca tão tocantes palavras disse a minha pessoa!)

domingo, 6 de junho de 2010

Ignorante, superlativo?

No outro dia uma reflexão surgiu: porque que é que não podemos dizer mais "grande" mas ninguém leva a mal se dissermos "mais pequeno"?
A justificação mais plausível que se arranjou foi: o povo é que manda! E, citando o meu caro colega André Santos: "...quem fala é o povo e embora nao esteja tao gramaticalmente correcto a maria peixeira e o ze do talho disseram mais pequeno tanta vez q ficou e agora ta mais q integrado na lingua e como tal é CERTO dizer assim obvio q se fossemos todos pessoa escreveriamos menor como nao... assim fica".

Acho que fica a reflexão gramatical do assunto.

Agora uma parte filosófica do assunto...
Bem, estava eu calmamente a fazer uma das minhas frases filosóficas, daquelas imensamente profundas, que eu filosofo bastante...ou não...e surgiu-me a seguinte:
"Cada acção tem um tempo e espaço próprios...". Só que depois precisava de completar a frase...e estava para dizer "só temos de achar o momento próprio para a tomar".
Reflexão posterior: se cada acção tem o seu tempo e espaço próprios, como é que vou achar o momento próprio para a acção?
Bem meus caros, isto os raciocinios filosóficos têm sempre estas conclusões brilantes: a acção é como si própria! E nada mais!

Achar o tempo e espaço próprios para uma acção? Para quê? O espaço e tempo próprios da acção são a acção.

Resumindo: preparem as acções para todos os sitios e horários que elas acontecem quando querem!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ignorante, "maturizas"?

Maturizar, do verbo madurecer, ficar maduro...coisa que nem sei se existe mas que actualmente se aplica na perfeição...
Será que somos maduros o suficiente para a nossa idade? Quando ocorre aquele "click" que nos leva a dizer Epa, estou aqui que nem um homem maduro!?
A verdade é que, não estejam à espera do click que ele pura e simplesmente não ocorre!

Há pessoas que os ouvem e até vêem e que ficam com a vida orientada. Vejamos o exemplo da irmã Lúcia (com todo o respeito) que teve um click ao ver N. S. de Fátima: teve de ganhar maturidade para guardar segredos (que depois se vieram a saber...mas isso não interessa...e que só se souberam depois das coisas acontecerem...mas isso também não é para aqui chamado...), teve de ter agilidade suficiente para projectar marketing à volta da coisa, teve de fazer túneis para as esmolas, etc.

Mas o click? Onde anda ele?
Escusamos de o procurar...acredito que quando mais erramos, mais maduros ficamos...
Porque, se formos a ver bem, a adolescência acaba por ser uma consciencialização (e sua resolução mental e intrinseca e pessoal) dos erros cometidos em criança. Por sua vez, em adulto fazemos o mesmo com os problemas de adolescente...
Em velhos já não temos problemas...já estamos tão habituados a pensar que só pensamos que deviamos ter problemas como em adolescentes...

Serão correntes que nos prendem a mentalidades estranhas? É que se calhar os clicks que se ouvem podem não ser como os da irmã Lúcia...podem antes ser ali as correntes a bater no chão que nem "correntes maduras"...mas não te esqueças que tu é que as arrastas, tu é que andas com elas atrás...tu é que as tens de cortar...