quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ignorante, "ciganizas"?

Estou revoltado, indignado, chateado e até com um bocado de sede, mas o assunto que me traz aqui já há muito foi debatido e por falta de oportunidade não postei aqui algo de interessante: a expulsão dos ciganos de França.

Não que eu esteja preocupado com qualquer assunto de índole diplomática ou democratica ou moral mas sim a independência temporal da história: como vai ser possível o já tão familiar e amigo Quasimodo (sim, aquele que aparece no filme da Disney do Corcunda de Notre Dame) casar com a cigana?

Isto realmente deixa-me transtornado porque expulsar pessoas de países, tudo bem...agora expulsar pessoas que têm um papel importante na história, não obrigado!
Numerosas questões são erguidas após isto: irá o Quasimodo acabar por morrer a tocar o sino? Irá a cigana, perdida pelas ruas de um país sem lei e desviada do seu destino, casar com outro indivíduo menos feio mas também menos bondoso que o Quasimodo?

Então aí há o cruzamento de histórias: o Quasimodo imigra, é apoiado por uma instituição de apoio aos necessitados em Portugal, cresce, adapta-se a um meio de violência, coabita com indivíduos de outras raças e aí, provavelmente, não faltarão ciganas com as quais ele poderá contrair matrimónio!

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Ignorante, sentimentalizas?

Já não é a primeira vez que denoto em muitas pessoas à minha volta um sentimentalismo miudinho...assim um bocadinho que se o cortássemos em fatias, colocássemos em banho maria durante cerca de meia hora, daria uma espécie de pasta semelhante ao nosso cérebro. Sim, porque segundo o professor de anatomia, "O cérebro é uma espécie de nhanha".

Venho com esta conversa porque tenho noção que um sentimento certo expresso numa altura errada vai dar em momento mau (sendo o momento igual ao produto da massa pela velocidade). Logo, quanto mais pesada for a pessoa que está a transmitir o sentimento, mais será (em modulo) o grau de desagrabilidade do momento. O mesmo ocorre se formos a andar de carro ou de avião...ou mesmo se andarmos a alta velocidade em busca de buracos negros!

Agora falando a sério: o sentimentalismo é estúpido! Refiro-me a isto por uma questão de efemeridade:
Estava o sujeito 1 e o sujeito 2 a merendar. Começam a falar:
Sujeito 1: Ah, gosto tanto de ti!
Sujeito 2: Ah, eu também!

Meia hora depois já estão a falar de futebol. Mas depois algures nas férias ou assim, quando separados os sujeitos, lembram-se das coisas. E depois vêm coisas do género: Oh, ele disse que gostava de mim!. E surgem miudezas relativas a depressões. Depressões daquelas momentâneas em que se vê um filme comovente porque apetece hidratas as bochechas!

E daqui eu venho elogiar a maioria da gente fria com sentimentos! Elogiar, q.b. Acho importante uma retracçãozinha sentimental mas também acho que se devem encher as pessoas de sentimento quando tem de ser! O ser humano não foi feito para lidar com o sentimento, foi feito para sobreviver...somos apenas máquinas de sobrevivência programada que aspiram algo mais. Daí a necessidade de tentar sentir!