domingo, 31 de janeiro de 2010

Ignorante, e morreres?

Antes do mais, venho manifestar a minha sentido repugnância ao novo albúm do famoso cantor FF, O jogo recomeça. Aquilo que é dito no anúncio fere, e muito, a minha integridade física e mental. E quem me conhece sabe porquê! Deixo o anuncio de modo a que quem me conheça perceba:

Entra no jogo! Um bocadinho de respeito comigo por favor!

Mas olhem como ele cresceu! Já tem barba e tudo!

E se entram no jogo, o que me acontece é a morte! É sem dúvida o mais provável. Mas afinal o que é isso da morte? Vejamos que não há ninguém que tenha lá ido e voltado (ok, há quem acredite que sim). E sobre alguns pensarem que ele morreu e ressuscitou, se alguns desses mesmos pensam que ele subiu aos céus em alma, porque não pensar que ele apenas ressuscitou em alma? E afinal é algo que é muito mais palpável: vejamos que após a sua morte houve um espalhar dessa mesma crença, daí uma ressurreição em alma. Faria, a meu ver, muito mais sentido do que uma ressurreição de corpo e alma. Mas, se ele foi mesmo morto duas vezes, porque não pensar que ele estava mal morto.
Se daqui a uns anos com o planeta desabitado aparecessem aqui uns extra-terrestres e o único livro que eles achassem fosse (assim por sorte), por exemplo, o da Lua Nova, eles iam ficar a pensar coisas muito bonitas de nós! Eles tinham dentes grandes e gostavam de comer o sangue uns dos outros. Porreiro pah!
Às vezes gosto mais de pensar na Bíblia como um livro escrito por um príncipe mimado em que, o rei seu pai, de modo a fazer a vontade ao filho, falou do livro e como o rei é quem manda, o povo obedece!

Mas a morte é, como dizia, algo estranho porque ninguém foi e veio (sim, há histórias até de grávidas que deram à luz, morreram e ressuscitaram, mas encaro como sendo algo biológico. Um mecanismo de protecção, porque não?). E afinal o que vem depois da morte?
É um pouco desconfortante, à semelhança do solipsismo, achar que tudo aquilo que somos apenas o não é após a morte. É como se a nossa vida fosse um interruptor que se desliga e não volta a ligar. E talvez devido a toda esta dureza que, na minha opinião, devia ser apenas encarada como parte da vida e não mascarada ocultando o próprio sentido da vida, surjam várias explicações para aquilo que poderá acontecer após a morte. Para uns temos umas 40 virgens à nossa espera, para outros vamos para o céu, para outros reencarnaremos (se nos tivermos portado bem, sob a forma humana, se não podes mesmo reencarnar sob a forma de um animal), etc.

Mas se após a morte tudo fosse assim tão linear, não existiriam suicídios em massa? Acho que o ser humano tem uma osmose vital em ir para o sítio onde está melhor! Se estava melhor morto, porque não irem todos para lá?
Se calhar porque essa realidade post-morte não é muito credível. Aquilo que nós vemos é que as pessoas são, literalmente, enterradas dentro de uma caixa por onde é pouco provável que saiam (mesmo muito improvável!).

O melhor que há a fazer até que essa hora chegue, é viver. Simples, não? O melhor que creio que podemos ter, não querendo (obviamente!) que tal hora se aproxime, é uma morte em que estamos satisfeitos com a vida que tivemos e com aquilo que conseguimos conquistar. Já Camões dizia: E aqueles, que por obras valorosas, se vão da lei da morte libertando.
O melhor que temos a fazer em vida é da lei da morte nos libertarmos.

E o que encontramos depois? Nada. Depois já não somos nada. Só somos alguma coisa se tivermos deixado alguma coisa para os que por cá ficaram, só esses é que depois mexem a máquina, tu depois já só serves de combustível.

Hora de uma grande obra valorosa para outras obras fazer: dormir!

Aplaudam, amigos, a comédia acabou - Ludwig Van Beethoven

sábado, 30 de janeiro de 2010

Ignorante, conheces o amor?

Olha de que tema me vens tu hoje falar. Que reflexão mais picuinhas escolheste tu. Tens noção que estás a entrar por caminhos de enveredamento difícil? Mas descansa que com tranquilidade e como o Sporting está forte! deve dar para desenvolver o assunto...

Porquê este tema? Não obrigatoriamente, mas está relacionado com o ideal de felicidade de muita gente. Quem nunca pensou: O meu ideal é formar-me, ter um emprego, uma família e nesse mesmo ambiente viver feliz! Está automaticamente colocado aqui o conceito de amor, óbvio, porque uma família em que uma pessoa se sinta feliz tem obrigatoriamente que ser uma família com amor.

Mas antes de falar do tema em si há que deixar o seguinte ponto prévio: conceitos como amor, felicidade e tudo o mais são muito abstractos. Eu estou a dizer que o amor está em todos os ideais de felicidade mas estou a falar de um amor completamente subjectivo, que nada ou quase tudo terá a ver com a ideia que os outros têm. Com este conceitos e com muitos outros se poderiam destacar subjectividades deste género...

Mas para mim, o que é o amor?
Limito-me a dizer que não existe, é como a arte. Por vezes fazemos comentários acerca de, por exemplo, um casal de namorados e dizer É amor!. Outras vezes, olhamos para um quadro e dizemos É arte!. Pode parecer um bocado estupida esta comparação mas deve-se à natureza dos conceitos, permitem tal semelhança.
Ora, há uns tempos vi na televisão uma experiência que consistia vagamente no seguinte: davam uma tela e punham tintas à disposição de um macaco, de modo a que ele pintasse um quadro. Ele pintou um quadro bonito e levaram o quadro a um ateliêr de modo a que o pudessem vender. O diálogo não foi propriamente este mas a ideia está contida nele:
Quanto vale este quadro?
Bem, tem uns traços de Picasso e de Miró [eu não percebo nada de arte, foram os primeiros nomes que me vieram à cabeça], estava capaz de dar uns mil euros pela tela!
E se eu lhe disser que foi feito por um macaco?
Então nesse caso não dou mais que dez euros...
E afinal os macacos também fazem arte ou é uma daquelas coisas que só os homens sabem fazer? Pois, diziam que era só os homens, mas os macacos também a fazem. Assim é mais fácil dizer que a arte não existe, que a arte é apenas uma coisa que consiste nuns quadros com umas tintas, umas pedras com umas formas, etc. e que, segundo um certo conceito de beleza e estética que temos, é porreiro pah!

Com o amor é analogamente o mesmo: quantas vezes não aconteceu uma pessoa ter dois casos com indivíduos diferentes convencida que isoladamente cada um deles era amor?

Poderia cair em contradição, mas encaro o amor apenas como uma complexação da amizade. Se eu perguntar o que é a amizade se calhar também não me sabem dizer. Isto porque ela não existe. Eu dizer que há amizade entre duas pessoas corresponde muitas vezes a dizer que são pessoas que partilharam momentos, partilharam episódios da vida e cujas maneiras de ser não têm qualquer razão de choque.
Tecnicamente falando, vejamos: as moléculas são complexações dos átomos, mas toda a gente sabe que elas existem (é tipo o amor). Se perguntar o que faz as moléculas, todos sabem que são os átomos (tipo a amizade). Mas a partir daí as coisas começam a entrar num campo mais obscuro. Ok, podemos falar de protões, intrões, bosões, etc. mas nunca chegamos a nada de concreto. Apenas conseguimos saber que é tudo complexações de coisas mais pequenas.

Faço agora referência, e agradeço a quem ma comunicou, à teoria do solipsismo. Basicamente, esta teoria diz que a única coisa que podemos garantir é a nossa própria existência, tudo o resto podem ser estímulos que estamos a receber. Esta teoria consegue ser simultaneamente desconfortante e confortante. Isto porque, viver num mundo (ou pensar que vivemos nele) em que nada existe faz-nos pensar que tudo o que fazemos é inútil. Por outro lado, se tudo são estímulos, não temos nada a perder seja qual for a decisão tomada.
Ao falar disto, pretendo interligar com o facto de amor e a amizade e tudo o mais serem apenas complexações da nossa existência. Poderíamos, creio, a partir daí criar o resto (ou pelo menos enquanto interpretações erradas de estímulos recebidos pela nossa existência). Se tudo são complexações do mais básico, porque não compreender primeiro a complexidade do básico de modo a tentar compreender o resto? Se nós tivemos descoberto primeiramente a partícula mais pequena de todas, poderíamos mais facilmente chegar às maiores. Por outro lado, se partíssemos da maior de todas, conseguíamos compreender a complexação mas nunca a própria essência dos constituintes (porque não foi deles que partimos).

Ideia geral disto: eu consigo compreender um nível acima do meu se me encontrar num nível abaixo.
Ou seja, eu consigo compreender as moléculas se compreender os átomos. Consigo compreender os átomos se conseguir compreender as partículas sub-atómicas.
Eu consigo compreender o amor se conseguir compreender a amizade. Eu consigo compreender a amizade se (...) conseguir compreender a existência.

Daí ser mais fácil admitir a não existência dessas complexações: devido à análise "fragmentada" que poderia ser feita mas também devido a alguma subjectividade. Átomos nós conseguimos compreender macroscopicamente, porque não há subjectividade (a quântica já é outra história), mas coisas abstractas macroscópicas já é mais complicado porque estão cheias de subjectividade.

Imaginemos que estamos a iniciar uma humanidade. Vamos agora, sei lá, contruir uma civilização. Se desde início nós lhe dissessemos o cerne de tudo o que de mais básico há, as complexações teriam todas interpretações muito semelhante. Seria algo como Uma coisa complexa=uma coisa básica+uma coisa básica.

Mensagem final? Não sei, sou ignorante...tenho complexos básicos...e básicos complexos...

Ignorante, fazes manigâncias?

Hoje mesmo, há momentos, ouviu-se muitas vezes no debate quinzenal a palavra manigância. Aqui fica um exemplo:


Ora, mas afinal o que é manigância?
Novamente recorrendo ao meu amigo Priberam:
s. f.
1. Infrm. Manha ou arte com que se fazem habilidades de mãos.
2. Fig. Manobras ocultas com que se fazem bons negócios.
3. Tratantada, manivérsia.

Mas depois perguntei-me o que é tratantada (ou manivérsiva), e o meu amigo novamente me ajudou:
s. f.
Acto ou dito de tratante; velhacaria; burla.

Ora, mas em que país vivemos nós em que se fazem burlas ou, para não ser tão directo, manobras ocultas com que se fazem bons negócios?
E isto tudo por causa de um orçamento de estado, uma coisa que o mais próvavel é que haja outra crise mundial e que volte tudo à crise, e depois sai outro orçamento e estamos outra vez na crise...isto sem um ignorante a primeiro-ministro não vai lá...


Mas afinal o que é um bom orçamento de estado? E um mau?
Há uns tempos eu tinha feito um post em que, na base, dizia mal do curso de medicina. É relativo. Aquilo que eu disse de mal e que por mim foi visto como defeito, pode ser visto como uma vantagem para outros ou até mesmo como uma vantagem para mim daqui a algum tempo. Há que ter em conta que todos os conceitos de bem e mal são altamente subjectivos.
Por exemplo, este primeiro semestre não me correu tecnicamente bem. Ok, ainda não está 100% acabado mas em príncipio passa-se a tudo. Poderia colocar a seguinte questão acerca disto: lixo-me para as notas que tive (passei, pronto!) e concentro-me nas disciplinas do próximo semestre ou inscrevo-me para melhoria às disciplinas de modo a puder, potencialmente, subir as notas (contudo, poderia gastar algum tempo com disciplinas que já deviam estar feitas e descorar as outras)?

É uma escolha, ignorante (ou uma ignorante escolha). Porque, por um lado, é uma decisão que poderá influenciar o teu percurso vital. Por outro lado, é uma escolha em que não conheces o que vais calcar, daí ser ignorante.

Ignorante, tudo é escolhas agora. No outro dia ouvia a minha tia a fazer uma comparação estranha com esta vida universitaria: No outro dia, ia a sair de casa, e decidi ir pela direita, foi uma escolha, se calhar se fosse pela esquerda tinha um acidente!
Ao que me apetece responder tal como o meu tio me respondeu a um sms: Hoquéi!

Ah, e estou seriamente a pensar em trocar de telefone:

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ignorante, és feliz?

Hoje um outro assunto despertou o meu interesse: a felicidade.
Estava a passar pela bela livraria da Bertrand quando vi um tal livro acerca de um curso de felicidade da universidade de Harvard. Por aqui que entendi do livro, Aprenda A Ser Feliz, conta a história de um rapaz (israelita, se não estou em erro) que tinha um objectivo na área do ténis (squash, any mistake?): vencer uma certa e determinada competição, ganhar a medalha e essas celebrações muita bonitas que até nos põem vestidos de smoking e coise e tal.

E esse era quase o seu objectivo de vida, o seu objectivo, aquilo que o fazia feliz. E aqui entra a parte importante da coisa: ser feliz é um caminho ou um fim?

No dia-a-dia vemos, e universitariamente falando, pessoas que, por exemplo, quero o curso de medicina a todo o custo e lutam bastante para o conseguirem. Contudo, ao chegarem a esse objectivo, embora podendo estar felizes com tal coisa, não conseguem desenrascar-se no curso, chumbam, etc. E aqui reside uma das partes importantes: o objectivo que ela tinha era a sua felicidade (chegar a medicina) mas, atingido esse objectivo, a felicidade vê-se diminuída ao momento em que ela entra em medicina. Afinal, era o objectivo: entrar em medicina. Quem disse que o resto tinha de resultar?

Assim, conseguimos chegar a uma conclusão de que a falta de objectivos é que proporciona a infelicidade (ou até mesmo algum estoicismo nesse campo). Uma pessoa com objectivos consegue alcançar a felicidade quando os vê cumpridos. Mas e depois de estarem cumpridos? Simples: arranjar mais objectivos.

E é isto ignorante, que te mete aí infeliz. Tu és um ignorante que nunca se decide: ora porque tem um leque de gosto muito alargado, ora porque até inconscientemente te deixas levar.

E o que é então a felicidade? Um momento, um caminho...uma vida?
Por um lado, e remato isto como conclusão, é o momento do culminar do nosso caminho. Mas não quer dizer que o fim de um caminho não seja o início de outro.
Porque não passar a vida de caminho em caminho?

Devemos seguir sempre o caminho que conduz ao mais alto. - Platão

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ignorante, tu estudas?/vês o tempo passar?

O post de hoje, meu caro amigo ignorante, será à volta de uma palavra que o mais provável é que você, aí sentado de fronte de um computador sem nada de mais interessante para fazer sem ser ler um mísero blogue e que eu, mísera pessoa que nada de interessante tem para fazer excepto escrever um mísero post num mísero blog, faço (acho eu): estudar. Aviso desde já que o comprimento da frase anterior é apenas para que comecem a ler e digam coisas como: Eh lá! ou Epa, um caviar agora caía bem com este blog!. Sim, porque não queremos que ninguém morra à fome (de óptimos posts...cof, cof...).

Pois bem, segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (a quem agradeço já toda a ajuda que me têm dado, e que podem consultar em http://www.priberam.pt/DLPO/) a palavra estudar tem os seguintes significados:

v. tr.
1. Frequentar as aulas de.
2. Fazer o possível para conhecer ou compreender.
3. Analisar atentamente.
4. Planear.
5. Decorar.
6. Ensaiar.
7. Sondar, tratar de conhecer.
8. Examinar, observar.
v. intr.
9. Ser estudante; ser estudioso; aplicar a inteligência.
v. pron.
10. Observar-se; procurar conhecer-se.


Pois, eu agora podia começar aqui com frases como O mito é o nada que é tudo só para dizer que sou e não sou estudante. Em vez disso, passo a um raciocínio lógica acerca da palavra.

Premissas:
1. Eu sou estudante.
2. Eu não frequento aulas.
3. Eu se calhar até faço o possível para conhecer ou compreender.
4. Eu planeio, e muito.
5. Eu decoro...a casa, as folhas e livros de disciplinas menos interessantes, etc.
6. Eu ensaio...apresentações de trabalhos que depois têm notas esquisitas.
7. Eu sondo ou trato de conhecer...muita gente do sítio onde "estudo".
8. Eu examino e observo...tento examinar os exames mas depois acabo mesmo só por observar, tanto o exame como os outros a entregar.
9. Sou estudante, não sou estudioso e não sei o que é a inteligência.
10. Eu observo-me, tento conhecer-me...a cada dia que passa. Como diria Fernando Pessoa num certo poema que não me recordo, Estranho-me.

Conclusão:
Quem é que não é estudante? É uma estupidez dizer que uns são estudantes (ui que eles levam uma vida super boémia! Ui que eles às vezes têm de estudar umas coisas! Ui que eles às vezes têm trabalhos para apresentar e chegar mesmo a esforçar-se, quem diria), enquanto na realidade todos o somos (uns mais que outros. Tecnicamente falando, o limite do estudante quando a idade tende para infinito é zero). Quem não aprende (na base, o ponto 8 do dicionário) a cada dia que passa com os erros que comete, com os sucessos que tem, etc.?

Começo a pensar que a definição de estudante devia ser algo como (e acrescento uns pontos):
11. Etapa da vida em que o indivíduo mais aprende consigo mesmo;
12. Etapa da vida do indivíduo em que mais erros são cometidos mas nem sempre uma lição de lá é tirada;
13. Altura em que o indivíduo percebe-se que o tempo não é estático.

E agora mudando de assunto!
Tenho uma teoria espectacular para propor aqui e que talvez tenha o seu quê de científico!
Eu há algum tempo para cá é que me tenho apercebido que o tempo passa: as pessoas mudam, as rotinas mudam, etc. Mas só denotei tal coisa quando mudei de sítio. Se calhar, se eu tivesse ficado em Torres Novas a estudar nem dava por isso, mas agora que estou em Lisboa a estudar, noto isso. Estaremos perante uma relatividade psicológica? Talvez sim, talvez não...
A verdade é que, num espaço de tempo pequeno (digamos cerca de 3 meses) muita coisa muda. Parece que se passou muito tempo devido a toda a quantidade de alterações que ocorreram...mas não, os 3 meses nada mais foram do que 3 meses...eu é que mudei de sítio...

Devo andar com o meu espaço desfasado do tempo, daí o post...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ignorante, pensa lá bem!

Uma profissão que eu me esqueci de dizer foi a de político! É quase o mesmo que a de padre, por isso nem vou perder muito tempo a falar disso. Considere-se esse assunto encerrado!

Devido ao facto de estar com sono, hoje fica o vídeo, para amanhã, se tiver tempo suficiente, a sua análise.
Reparem que, o vídeo que se segue, são desenhos animados...mas a mensagem que transmitem! Hoje que desenhos animados vemos nós assim? Não sei se o avançar da tecnologia (até de criação de desenhos animados) implica a perda de valores, mas comparando estes desenhos animados do meu tempo (estás velho, mentaliza-te disso senão nunca mais acordas para a vida!), os actuais são um pedacinho de cóco.


Eu não sou aquele rapaz que via as Navegantes da Lua ao pequeno-almoço, o Zorro ao almoço e o Batatoon ao lanche, mas sou desse tempo em que eu olhava para a televisão e via valores, via mensagens importantes de serem transmitidas aos mais novos para que crescessem bem e tivessem personalidade própria!

Pronto, Navegantes da Lua e isso não tinham a sua mensagem...mas estes desenhos animados eram dos meus 7 anos ou assim...quando eu era mais pequeno e tinha a tal "necessidade de valores", tinhamos o Zé Colmeia, o Tom & Jerry, a Rua Sésamo, para os Holandeses também tinhamos os Teletubies (se é que é assim que se escreve), etc.

Actualmente, olhamos para a televisão e vemos, sei lá, Kim Possible, Jackie Chan e coisas dessas, tudo dentro do mesmo género. Sim, o Dragon Ball era, no meu tempo, um dos meus favoritos e certamente não tinha muitos desses valores a tirar..mas para compensar isso tinhamos outros com valores. Sim, porque eu passava a vida a olhar para a lua cheia e ver se me transformava em macaco ou tentar fazer um kameá-me-á...ou até mesmo levantar vôo! Mas por outro lado também era amigo dos meus amigos, não atirava pedras às pessoas e esse género de coisas que qualquer bom rapaz não faz.

Pronto, ok, estou-me a contradizer um bocado. Mas é a realidade: a educação televisiva está péssima para as crianças.
E agora com licença que tenho um belo espectáculo de wrestling para ver com o meu primo de 11 anos.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ignorante, qual o melhor curso?

Qualquer ignorante que se preze sabe perfeitamente que o melhor que podias escolher era ir para padre! É que, na base, ganham dinheiro por nada fazerem...porreiro, não? Acerca deste tema que não vou desenvolver, convido a ver o seguinte vídeo:


Mas vejamos então qual seria o curso a seguir e qual é o curso que um ignorante que se preze deverá enveredar...ou pelo menos tentar seguir as passadas!

O que se quer com um curso é garantir um futuro e, ao mesmo tempo, fazer aquilo que se gosta. Ora, qualquer ignorante aquilo que gosta de fazer é nada! Rigorosamente nada, estar ali de papo para o ar a comer tremoços e a ver vida passar nesse leve e descontraído ritmo. Dada esta ignorante perspectiva, o curso indicado era ir para padre. Razões acho que todos sabem, não vou estar aqui a discutir coisas que não têm relevo suficiente (ou não são ignorantes o suficiente) para estar neste blog.

Mas vamos fazer alguma coisa que gostêmos sem ser NADA. Ah e tal, gosto de medicina. Vamos para medicina. Que me dizes ignorante?

Oh autor, desculpa lá mas medicina não. Medicina, a meu ver, é um curso que tem todo o mérito mas é chato e automático. E porquê esta descrição? Pois bem, vou tirar o curso...o curso é decorar, decorar, decorar...e toda a nossa mente fica moldada a...pensar? não, a decorar...e decorar também. Óbvio que há um trabalho de interpretação de todo o diagnóstico que tem que ser feito. Mas esse diagnóstico é muito automático...porque é feito com base em...decorar...
Por isso, autor, desculpa lá mas mete medicina de parte...é bonito andar a salvar a vida a pessoas e é importante...mas é mais importante se for aliado à investigação, é mais produtivo

Então ó ignorante, diz-me uma coisa: eu gosto da temática da medicina mas não quero decorar a vida toda...quero, sei lá...pensar!

Então, meu caro autor, vá para Engenharia Biomédica, tem uma vastidão de conhecimentos de medicina que terão que ser adquiridos, um vasto leque de formação (vastíssima, diga-se de passagem) porque tens aulas de todos os departamentos, na base. Assim, se é por medicina que tens um fetiche, tira o curso de engenharia biomédica, ficas apto a pensar. E como depois tens uma vertente de investigação, ficas um pensador produtivo. Positivo, não?

Sim ignorante, tens toda a razão...
Mas olha que o meu mestrado vai ser relativo a Mateus, 2, versículo 17 - onde, segundo Gato Fedorento, vem descrita uma besta do #!&alho.
Sim, mestrado acerca de coisas da igreja...que eu também quero ter uma dose de ganhar dinheiro por nada fazer!

Obedecendo a advertência divina, os magos não voltaram para Jerusalém e não falaram mais para Herodes sobre Jesus.

E eu, obedecendo a limitações físicas, vou dormir!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ignorante, escolhe o teu prato...

Hoje o meu raciocínio do dia foi:
Ora bem, estou a vestir o pijama. Para isso, tenho de despir a roupa que tenho. Estou a ouvir música pelos phones mas não quero tirar os phones enquanto oiço música e enquanto dispo a roupa para vestir o pijama. Tenho uma camisola e uma camisa vestida. Em que “posição” tenho de meter o fio dos phones para que não deixe de ouvir música?

Depois de pensar um bocado lá percebi que bastava passar por dentro da gola da camisola e não era preciso passar por dentro da gola da camisa porque a avançada tecnologia da camisa faz com que, quando tem os botões desapertados, não se diferencie o interior do exterior da camisa. E depois pensei a seguinte coisa bonita:

E se por baixo dessa camisa eu tivesse outra camisola e depois outra camisa, etc.?

Na base, estamos a falar de um programa que, representado como uma lista a roupa que tenho vestida, por c uma camisola e por C uma camisa, dado um número n, gera uma lista na forma {C,c,C,c,…} até ao elemento da posição, sendo que, se n fosse par, teria uma camisa visível aos olhos dos outros, caso contrário teria uma camisola.
Fica um bocado óbvio que para um determinado número de peças de roupa eu tinha de fazer “esses” com o fio dos phones, passando por dentro da gola da camisola, passando por baixo da camisa do lado de dentro, passar na gola da outra camisola, etc.

Mas depois o lado filosófico de todo este raciocínio:
Quantas vezes não complicamos nós as coisas (vestimos camisas e camisolas a mais) e damos voltas e voltas à vida (ao fio dos phones) só porque queremos que a vida, tiradas as complicações, fique a mesma (que com ou sem camisas e camisolas seja o mesmo)?

Pode parecer estranho o que digo mas tem a sua lógica. Vejamos o seguinte caso:
Neste momento, sou um estudante universitário no curso de Engenharia Biomédica no IST. Em vez de ir estudar, poderia perfeitamente arranjar um emprego, tratar de arranjar uma casa e orientar a minha vida segundo isso. Não precisava de complicar com o curso.
Mas tenho noção que, acabado o curso, ser-me-á mais fácil e agradável ter um emprego. Afinal é isso que todos queremos: ter um emprego de acordo com o curso que tiramos e orientar a nossa vida, dar-lhe um rumo. Mas primeiro que acertemos que voltas o fio dos phones tem que dar, demora…
Objectivamente falando, estou a falar de, por exemplo, pessoas que mudam n vezes de curso porque não sabem se é esse o emprego que querem ter, pessoa que (como eu) ainda não se encaixaram no ritmo e andam meio abananados, etc.

Um dia destes, a minha tia disse-me o seguinte (acerca do estudo de anatomia e histologia):
Não te expandas muitos no teu estudo…não consultes muitas fontes. Se sabes que tens um livro que tem tudo, guia-te apenas por esse livro. Não vale a pena estar a consultar uma vastidão deles se sabes que todos dizem o mesmo e aquilo que tens mesmo que saber está apenas num.

Esta frase, embora específica, tem a sua lógica. Se não houvesse tanta oferta a nível de ensino, a escolha seria mais simples. Teríamos, por exemplo, que escolher entre engenharia ou medicina. Não teríamos de escolher entre, arrisco-me a dizer, n!*n^n engenharias e n^n cursos relativos à área de saúde.

A escolha é simples, o caminho é duro, mas a meta é porreira pah! Se escolhemos um curso e até que gostamos dele (mesmo sabendo que é difícil) apenas temos de não desistir, reflectir sobre se estamos realmente a trabalhar o suficiente e encarar tal dificuldade como um desafio próprio, uma meta que ou a passo ou esbardalho-me todo.
Há muita coisa a ser feita mas tenho uma vaga impressão que só podemos fazer uma. E essa uma, para a fazer, basta focarmo-nos nela.

Sem as abelhas, o homem pode desaparecer em quatro anos. – Albert Einstein

Sem objectivos, o homem perde-se em si mesmo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os teus pais avisaram-te, seu ignorante!

É verdade sim senhor ignorante, vais-me dizer que os teus pais não te disseram coisas como: Aquilo agora a universidade é outra vida, é estudar!, ou outras coisas dentro do mesmo género?

Tu pensavas que com o teu ritmo de trabalho de secundário chegavas aqui e ficava tudo na mesma, meu caro? Olha que não fica! O teu ritmo já não era grande coisa. Tu ouvias as coisas, percebias e a partir daí nickles. Agora até podias fazer nickles, o problema é que não percebes as coisas. Daí o que os teus pais te diziam!

Talvez se tu, ignorante, tivesses começado desde cedo a ligar-te às coisas e não apenas agora, como o teu tio diria, que andas com eles apertados, talvez tudo tivesse sido mais fácil. É uma questão de entrar no ritmo. Sim ignorante, tu ainda não entraste no ritmo. Mas já tens a noção do ritmo., isso já é um passo.

E sabes mais uma coisa importante: se agora voltasses atrás no tempo (há que salientar que isto seria possível com recurso a tecnologia avançada) e a tua mentalidade actual se mantivesse, farias as coisas melhor. Mas como, por um lado, não tens a tecnologia e, por outro, se fosses para trás no tempo também a tua mentalidade o ia, ficas na mesma a enfrentar o atraso temporal da tua mentalidade. Deves estar no plano temporal errado ignorante...nascesta lá pelas alturas do fim de Novembro de 1991...isso já pedia um Janeiro de 1992 ou assim, via-se logo! Se tiveste um parto de 12 horas, porque não um bocado mais e experimentar mais um mês e tal. Primeiro a tua mentalidade ia ter tanto o contacto "in" e o contacto "out", uma mistura dos dois, durante cerca de um mês. Depois, como já estavas ambientado, ficava-te mais fácil a tarefa de sobrevivência. Easy man!

Mas prontos. É também com os erros que se aprende, mas o teu aprender também está desfasado no tempo porque se assim fosse aprendias as coisas nas aulas e não em casa com os livros, hein? É isso é...

Ignorante, que queres que te responda? Não estamos no mesmo comprimento de onda!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Ignorante, tens de ser maior!

Não podia deixar de referir a ti, ignorante, que acreditas em quizzes do facebook, aquilo que me calhou hoje. Hoje devo ser assim:

És passado da cabeça, mas és um ganda bacano. Deixaste com que uma vida de festa e boheminisses te controlassem as acções. És um puro dum filosofo da tanga, mas as vezes dizes coisas bonitas (nunca com sentido algum). És alguém que vive a procura de algo que nunca soube muito bem o quê e agarras te a essa procura acima de tudo. O que mais sentes falta na vida são os amigos que estão longes de ti, as pessoas a quem a vida te levou a separar por diversas razoes, e algo importante, não precisas de acordar para a vida, mas precisas de crescer, e muito.

Acreditas nisto ignorante?
Acho apenas, ignorante, que não te deves deixar levar. Quando for para crescer, cresces...ninguém o faz por ti, é como o xixi!

Ignorante, de onde vens? Para onde vais?

Ignorante, questiona-te de tudo pah! Questiona a questão! Primeiro a sua análise ciêntifica. Sim, podias vir para aqui dizer que o onde é algo muito vago, porque na realidade não queres saber mesmo o onde mas sim um "tudo" no futuro. Afinal, se fores a analisar bem, na sítio onde estamos, e se nos dissessem onde vamos estar daqui a algum tempo, tu devias nem saber precisar esse sítio. Afinal o gato está vivo, mas se olhares para lá já deve estar morto ou algo assim!

Mas para onde vamos nós?
Há uns tempos li num livro intitulado As 10 questões a que a ciência não sabe responder [ainda] e havia uma questão que era: O que fazer com os estúpidos?.
Parece uma questão despropositada mas tem o seu sentido. Afinal, a exclusão social não ocorre apenas a nível económico e tudo o mais, a inteligência também tem o seu quê de exclusão!

Reparemos: homens e mulheres com QI elevado têm tendência a ser bem sucedidos tendem a casar e a ter filhos (sim, porque embora por aí andem muitos que sendo ambos homens ou ambos mulheres querem ter filhos, ainda só homens com mulheres podem ter filhos). Todo esse meio de "bem sucedido" tem tendência a ser passado de geração em geração. Assim, "uma nova série de pessoas bem sucedidas" é criada e tendem a casar com outras bem sucedidas, etc etc etc.
Por outro lado, temos pessoas mal sucedidas, que têm tendência a procriar com outras pessoas mal sucedidas. E assim cria-se esta "laia".

Politicamente falando, se todos sormos bem sucedidos, a sociedade seria algo estranho: todas a quererem o mesmo e a ambicionarem o mesmo. E afinal quem ficava o "Zé Povinho"?
É necessário, embora nos custe admiti-lo enquanto humanos e defensores de "direitos iguais", que tem de haver sempre uma parte prejudicada para benefício de outra. Ao sermos assim, continuamos no que estamos: manifestações da "laia" a pedir direitos iguais (sim, eu também sou um deles, nenhuma vergonha em dizê-lo), problemas políticos e essas coisas, etc. Mas também, se todos fossemos "bem sucedidos" era preciso haver alguém que fizesse o "trabalho sujo". Haveria pessoas licenciadas com trabalhos que não necessitam de tal coisa, etc. E mais manisfestações surgiam...

Se perguntassem ao Presidente da Junta de Freguesia da Murrunhanha qual o caminho da felicidade, ele diria: "O caminho para a felicidade realmente não sei. Mas! Mas! Mas se tem buracos isso não é culpa minha mas sim do presidente anterior!".

Eu diria que estamos numa crise, certo, mas de valores. Se fossemos educados de modo a que a nossa felicidade não fosse "material", estaríamos bem. Cada um teria uma personalidade própria, cheia de valores, porque não ia estar depositada em nada material. Essa personalidade seria também ela real porque se a felicidade residisse numa busca de valores, cada um teria de buscar os seus e não teríamos pessoas moldadas.

Talvez assim a representação do Zé Povinho muda-se e em vez de um Zé Povinho a fazer um "toma" tinhamos um Zé Povinho abraçado a pessoas engravatadas e que se costumam sentar em cadeiras do parlamento...porque não sonhar?

Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ignorantemente falando, o plano tempo-espaço alterou a sua forma de equação quadrática para cúbica...

Ignorante, já pensaste (acho que é algo semelhante a uma coisa que já aqui foi posta, mas é um assunto importante) na volta que isto tudo deu?
Repara: saíste de um sítio onde estudavas porque tinhas de estudar sem perceber porquê mas mesmo assim estudavas e gostavas daquilo, tinha o sei quê de belo.
Agora, chegas a um sítio em que estudas porque tu queres, tudo depende de ti, estás num sítio com mais como tu e em que tudo aquilo que deres agora se vai reflectir depois, mais tarde, um dia distante quando estiveres a trabalhar (que, pensando bem, nem é assim tanto tempo!).

Tu, ignorante, até podes agora ter muita coisa que te perguntar, mas descansa que não obtens resposta. Para que andas tu a perguntar-te sobre tudo e mais alguma coisa se depois acabas sempre por não achar resposta? Não era mais produtivo ires pegar num belo livro de anatomia e estudar que vais ter exame?

Até era, mas também acho que isto é importante.
Afinal, tudo o que se faz, faz-se pelo sítio do tempo: só o temos onde não é preciso. E agora o tempo não está no sítio certo para eu me questionar das coisas, agora não é "o sítio" indicado.
Está mais do que no tempo de trabalhar e deixar essas questões para uma outra altura, férias, intervalos...talvez antes do "poço da morte"!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ignorante, ignoras-te?

Ignorante, já pensaste que o mais provável é não te conheceres?
Lembro-me de certas alturas em que eu estava nas belas aulas de filosofia (sim senhor, Prof. Victor e Prof.ª Teresa não perdoam, é bonito discutirmos com eles) e aprendi que nós nunca conseguimos transmitir exactamente o que pensamos. Na base, que a linguagem não é o nosso raciocínio: é uma expressão dele e, como tal, não é completo. Uma das coisas mais belas (e que infelizmente já não sei de cor) que me lembro de ter aprendido nas aulas de filosofia é a Teoria da Não-Existência de Deus, de Descartes. É minimamente "porreiro pah!", um senhor naquele tempo, e com toda a vaga de beatos existente, colocar um tal raciocínio, sujeitando-se à fogueira...

Agora todos nós fazemos raciocínio e eu faço-os aqui que se farta e, felizmente, não me estou a sujeitar à fogueira. Mas, afinal, de que somos nós feitos? Todo o nosso ser (ao qual está inevitalmente associada a nossa experiência) não tem como base as conclusões que nós tiramos dos nossos raciocínios? Se nós fazemos os raciocínio e se tudo o que concluímos tem tudo isso como base, nós somos raciocínios! Mas reparemos que, se na linguagem não tiramos toda a mensagem do que pensamos, como poderemos nós, "falando connosco mesmos", sermos o que pensamos?

Eu posso ter certos raciocínios, tomar certas acções...e depois, raciocinando sobre os mesmos, tiro as minhas conclusões e posso dizer: "Epa, agiste mal!" ou "Tu és mesmo estúpido!". Poder, posso! Mas corresponderá àquilo que somos? Eu ao fazer isso, qualquer outra pessoa poderia fazer o mesmo raciocínio e chegar às mesmas conclusões. Mas, para o mesmo factor de comparação, poderão existir opiniões diferentes! (afinal, é isso que nos faz diferentes)

Isto para dizer que nós não temos noção do que somos. Poderemos ser a pessoa mais sensata e consciente que pensamos que somos, mas não o somos. Quantas vezes não aconteceu já uma pessoa que diríamos "Ele nunca fará isto!" e depois vemos a cometer as maiores loucuras?

Pois é, ignorante...por mais que tentes, não sais do teu estatuto...

domingo, 17 de janeiro de 2010

O ignorante é crente...ou os crentes são ignorantes?

Isso é uma coisa que parece que mete um bocadinho fni (para quem não sabe, fni é o nome dado aquela impressão em que a meia está fazer uma certa impressão na zona do tornozelo, provavelmente devido ao método de calçar não ter sido o melhor). Eu já me disse um rapaz 100% científico, não acreditando em nada daquilo que se diz "transcendente" mas ultimamente até tenho tolerado certas e determinadas coisas. A razão deve-se, muito provavelmente, a influências e opiniões ouvidas à volta. Novo meio, novos colegas "mais parecido comigo" e cujos interesses acabam por ser "semelhantes". Não, comigo nunca coisas dessas se passaram (e sinceramente não estou tecnicamente interessado de momento) mas é algo que pode ser questionável, bastante.

Não pretendo colocar aqui em causa a fé de quem quer que seja, apenas exprimir uma opinião que se prende com o seguinte: a religião apenas é boa para educar. E não estou a falar dos colégios de freiras que por aí estão, mas pelo próprio contéudo místico que a religião acarreta. Na maioria delas, estamos perante um ente superior que, na base, se lhe apetecer, lixa-te! E esse medo acaba por inconscientemente ficar patente na educação.

Falando no meu caso que fui educado segundo uma doutrina cristã: fui exposto à existência de uma entidade (um Deus) que fez um dilúvio, um Deus que tinha enganado um tal senhor a querer matar o filho, um Deus que tinha mandado rãs e uns poucos de bichos para o Egipto...e eu nesta altura era um puto com os seus 6 anos ou assim, e ouvia aquilo com bastante atenção acreditando em cada palavra daquilo.
Depois, como é óbvio, as pessoas crescem e começam a tomar em conta o mundo que as rodeia: as injustiças que a igreja faz, os injustiças à nossa volta, começa a não acreditar naquelas coisas porque são tudo hipérboles (quem me diz que o senhor que andou nas águas do Mar Morto não escolheu um dia em que o mar estava baixo e aquilo era tudo sal?). E começa a tirar de lá apenas a mensagem, que até temos uns valores bonitos no meio disto tudo. A Bíblia acaba antes por ser uma história de moral e uma escola, e não um calhamaço que se vai lendo na missa.

Eu sou sincero e tenho de agradecer grande parte da educação que tive à igreja, isso é certo. Acredito que grande parte da pessoa que sou, grande parte dos valores que cultivo se devem ao mesmo. Mas por outro lado acho que a igreja em si não age bem. Se a igreja fosse o que se diz ser, vendia o vaticano, ia para África, montava sede um apartamento T0 na Buraca e ficavam numa zona muito bem localizada. Isto para não os mandar para a Zibreira, apenas para mais facilmente poderem apanhar os aviões para África e isso...
É que, digam o que disserem, a igreja, com ou sem sede oficial, haveria de continuar a "fazer-se". Há pessoas que a põem em prática. É que eu nem peço para mudarem de sítio e venderem o Vaticano (mas lá que era um acto bonito, era), apenas para terem um bocadinho menos de fausto. É exagerado, diria...

Mas agora pensemos de outro modo: se o papa fosse "móvel", se a sede fosse mudando de sítio, a casa que ele ocupava valorizava logo. Consequências: conseguia vender a casa mais cara do que comprou, ganhava dinheiro e podia ajudar os outros (os outros bolsos, como seria de esperar).

Eu até acredito que exista uma "entidade suprema", mas não aquela que me foi ensinada. E a razão pode parecer um bocado estranha mas é baseada num livro de José Rodrigues dos Santos:

"Sabe, na minha infância eu era um menino muito religioso. Mas, aos doze anos, comecei a ler livros científicos, daqueles popularuchos, não sei se conhece..."
"Sim..."
"...e cheguei à conclusão que a maior parte das histórias da Bíblia não passavam de narrativas míticas. Deixei de ser um crente quase de um dia para o outro. Pus-me a pensar bem no assunto e apercebi-me de que a ideia de um Deus pessoal é um bocado ingénua, infantil até."
"Porquê?"
"Porque se trata de um conceito antropomórfico, um fantasia criada pelo homem para tentar influenciar o seu destino e buscar consolo nas horas difíceis. Como nós não podemos interferir com a natureza, criámos esta ideia de que ela é gerida por um Deus benevolente e paternalista que nos ouve e que nos guia. É uma ideia muito reconfortante, não lhe parece? Criámos a ilusão de que, se rezarmos muito, conseguiremos que ele controle a natureza e satisfaça os nossos desejos, assim por artes mágicas. Quando as coisas correm mal, e como não compreendemos que um Deus tão benevolente o tenha permitido, dizemos que isso deve obedecer a um qualquer desígnio misterioso e ficamos assim mais confortados. Ora, isto não faz sentido, não lhe parece?"
"Não acredita que Deus se preocupe connosco?"
"Repare, senhor primeiro-ministro, nós somos uma entre milhões de espécies que ocupam o terceiro planeta de uma estrela periférica de uma galáxia mediana com milhares de milhões de estrelas, e essa galáxia é, ela própria, uma de entre milhares de milhões de galáxias que existem no universo. Como quer que eu acredite num Deus que se dá ao trabalho de, nesta imensidão de proporções inimagináveis, se preocupar com cada um de nós?"
"Bem, a Bíblia dia que Ele é bom e omnipotente. Se é omnipotente, pode fazer tudo, incluindo preocupar-se com o universo e com cada um de nós, não é?"
Einstein bateu com a palma da mão no joelho.
"Ele é bom e omnipotente, é? Ora aí está uma ideia absurda! Se ele é de facto bom e omnipotente, como pretende a Bíblia, porque razão permite a existência do mal? Por que razão deixou que ocorresse o Holocausto, por exemplo? Se for a ver bem, os dois conceitos são contraditórios, não são? Se Deus é bom, não pode ser omnipotente, uma vez que permite e existência do mal. Um conceito excluí o outro. Qual é que prefere?"
"Uh...talvez o conceito de que Deus é bom, acho."
"Mas esse conceito tem muitos outros problemas, já reparou? Se ler a Bíblia com atenção, irá reparar que ela não transmite a imagem de um Deus benévolo, mas antes de um Deus ciumento, um Deus que exige fidelidade cega, um Deus que causa temor, um Deus que pune a sacrifica, um Deus capaz de dizer a Abraão para matar o filho só para ter a certeza de que o patriarca lhe era fiel? Para quê, sendo Ele bom, esse teste tão cruel? Portanto, não pode ser bom."
Ben Gurjon soltou uma gargalhada.
"Já me apanhou, professor", exclamou. "Está bem, Deus não é necessariamente bom. Mas, sendo ele o criador do universo, é pelo menos omnipotente, não?"
"Será? Se assim é, porque razão pune ele as suas criaturas se tudo é Sua criação? Não estará a puni-las por coisas que é Ele, afinal de contas, o exclusivo responsável? Ao julgar as suas criaturas, não estará ele a julgar-se a si próprio? Na minha opinião, e para ser franco, só a Sua existência O poderá desculpar.” Fez uma pausa. “Aliás, se formos a ver bem, nem sequer a omnipotência é possível, trata-se de um conceito, também ele, cheio de irresolúveis contradições lógicas.”“Como assim?”“Há um paradoxo que explica a impossibilidade da omnipotência e que pode ser formulado da seguinte maneira: se Deus é omnipotente, pode criar uma pedra tão pesada que nem ele próprio consegue levantar.” Einstein arqueou as sobrancelhas. “Está a ver? É justamente aqui que radica a contradição. Se Deus não conseguir levantar a pedra, Ele não é omnipotente. Se conseguir, Ele também não é omnipotente porque não foi capaz de levantar uma pedra que não conseguisse levantar.” Sorriu. “Conclusão, não existe um Deus omnipotente, isso é uma fantasia do homem em busca de conforto e também de uma explicação para o que não entente.”“Então não acredita em Deus.”“Não acredito no Deus pessoal da Bíblia, não.”“Acha que não há nada para além da matéria, é?”“Não, claro que há. Tem de haver algo por detrás da energia e da matéria.”“Afinal, professor, acredita ou não acredita?”“Não acredito no Deus da Bíblia, já lhe disse.”“Então acredita em quê?”“Acredito no Deus de Espinosa, que se revela na ordem harmoniosa daquilo que existe. Admiro a beleza e a lógica simples do universo, creio num Deus que se revela no universo, num Deus que…”(…)“…de Espinosa.”Fez-se um longo silêncio.Foi Bem Gurion o primeiro a rompê-lo.“Professor, acha que será possível provar a existência de Deus?”“Não, não acho, senhor primeiro-ministro. Não é possível provar a existência de Deus, da mesma maneira que não é possível provar a sua não-existência. Nós apenas temos a capacidade de sentir o misterioso, de experimentar a sensação de deslumbramento pelo maravilhoso esquema que se exprime no universo.”Fez-se uma nova pausa.“E por que não tenta o senhor provar a existência ou inexistência de Deus?”“Não me parece que isso seja possível, já lhe disse.”“Se fosse possível, qual seria o caminho?”Silêncio.Foi agora a vez de Einstein levar algum tempo a falar. O velho cientista girou a cabeça e contemplou toda a verdura que bordejava Mercer Street; contemplou-a com olhos de sábio, com olhos de garoto, com olhos de quem tem todo o tempo do mundo e não perdeu o dom de se maravilhar com a exuberância da natureza no seu encontro com a Primavera.Respirou fundo.“Raffiniert ist der Herrgott, aber boshaft ist er nicht”, disse por fim.Bem Gurion fez um ar intrigado.“Was wollen Sie damit sagen?”“Die Natur verbirgt ihr Geheimnis durch die Erhabenheit ihres Wesens, aber nicht durch List.”


in A Fórmula De Deus de José Rodrigues Dos Santos

Pode parecer estranho mas até foi isto que me fez pensar um bocado no assunto.

Ignorante, já pensaste no passo em frente que podíamos dar que muitas pessoas não vivessem "cegas" com a ideia de que há alguém superior, ele é que mandar então vou rezar para morrer mais tarde e poder aproveitar agora as coisas, mesmo que eu não esteja a fazer nada de útil? É que é preciso atitude, é preciso lutar, fazer crescer o mundo! Na base, precisamos de criar um novo mundo no mundo!

Já pensaste nisso ignorante?

sábado, 16 de janeiro de 2010

O ignorante mudou? Não, é sempre ignorante...

Tal como diz a música de Sérgio Godinho:
Se tenho os olhos no chão não é por estar derrotado,
é para ver o futuro em função do meu passado,
e é para ver o caminho,
e é para ver o que calco,
que eu não ando nas nuvens a pisar pó de talco.


E isto a propósito, meu caro ignorante, de um tema importante: a mudança e as pessoas.

Vejamos: certamente todos nós já nos demos pessoas com quem já não nos damos (ou pelo menos tanto como dávamos), todos nós nos "zangamos" com outros por razões que podem ter sido completamente pláusiveis ou estupidamente erróneas. Mas qualquer acto que tenhamos, qualquer acção fora do normal, acaba por ser visto pelas outras pessoas com um ponto de vista completamente diferente do nosso. E, maioritariamente, essa perspectiva do agente externo está associada à mudança da pessoa em causa.
Dizem: - Mudaste!, - Não és o mesmo., - Inicialmente até pensei que eras...mas afinal és...

Mas há uma inexplicável aversão humana à mudança. O que nós queremos é estar muito bem, sem ninguém incomodar sem ninguém a chatear. Mas a mudança é precisa! E para o mundo mudar, as pessoas têm de mudar!

Estamos num tempo de desafios: aquecimento global, clima político com propensão para bélico, problemas sociais nunca antes enfrentados por antepassados nossos (ou pelo menos com "soluções eficazes"), insegurança...E temos de lutar contra tudo isso. Temos de mudar...e, fazendo alusão ao post anterior, mudar também é consciencializar. Há um longo caminho para a sociedade poder ser um ideal, começando com a nossa ideia intrínseca acerca dos diversos valores humanos. Há uma "falta de humanidade" nos dias que correm. E eu só recentemente me apercebi disso.

Como dito há uns tempos, "saíste de um sítio do tamanho do técnico para um sítio onde está o técnico!". Do meio onde saí, tudo era "humano", todos se conheciam, todos se ajudavam. É um conceito estranho, mas, por muito distante e estranha que fosse essa ajuda, contava como tal (nem que fosse por saber que lá fora todos estavam a falar sobre ti, "preocupados"). Isso fazia com que não se notassem actos em que "faltasse ser humano". No meio onde agora me encontro que é, destaco, "onde está o técnico", há muitas acções que tornam o limiar entre animal e humano um valor que tende para zero. Afinal, todo o mundo anda trocado. Bêbado vá, senão não dava tanta volta. Vejamos a definição de cidade: "estabelecimento humano com um certo grau de coerência e coesão". Destaco a parte "estabelecimento humano".

Idealmente a cidade é perfeita, um estabelecimento humano (ou seja, muito amor e carinho, muito dar e receber) mas com um grau de coerência e coesão (eu dou-te 2 camelos tu não me dás 2 amendoins, óbvio, dás-me um carro ou a tua mulher ou assim, deve dar!). É só as pessoas mudarem, e isto muda. Falta o click.

E de onde vem o click?
Answer: Política

A politica quase que dá para fazer daquelas adivinhas de qual é a coisa qual é ela que não serve para nada mas muda tudo ou assim. Se politicamente conseguissemos controlar a economia do país, ocm igualdade de oportunidades, etc. conseguiríamos que as pessoas se sentissem mais confiantes e assim tentar chegar ao ideal! Não, as pessoas não devem ser todas iguais, tal como não o são, mas devem aprender a aceitar todas as diferenças que possam haver. Se não as aceitar, pelo mennos tolerá-las!

Ignorante, diz-me: para que serve a política?

Pois é verdade meu caro, a política tem um papel estranho mas eu bem sei que tu também queres ir para a política. Lembraste de ter dito que querias ir para primeiro ministro? Já que estás com essa fezada toda, vê se te orientas politicamente e enveredas por um ramo politico. Sim, já sei que estás convencido que daqui a 10 anos o CDS-PP está a ganhar eleições. E sim, da maneira como o PS e o PSD andam a coisa fica preta. O PCP e o BE acho que não vão querer que ganhem pelo preconceito comunista e pelo da nacionalização. E então se ela não serve para nada, agora diz-me tu, para que te queres meter nela?

Oh ignorante, a política acaba por não ser apenas esse posto que se ocupa para "estar bem na vida". Eu tomo isso como uma missão, é uma responsabilidade acrescida, um trabalho duro...ou arriscaste a levar com uma população em cima e isso não é muito aconselhável, creio...Há uma enorme falta de comunicação entre o Governo e a população, é preciso saber o estado do país! Eu não sei como está o meu país, mas tenho noção que está doente! Então digam-me ao menos qual é a sua temperatura! É esse o primeiro passo, todos somos um país e todos nós temos volantes e vontades para o guiar, só que não conseguimos optar por um caminho porque não temos opção de escolha!

E mudança? Pois bem, quando pensar em ir para a política talvez isto mude...Ok, talvez não um homem mude isto, mas só peço umas vontades...e uns votos...o resto deve vir por acréscimo...

Vá, politicas agora não...Ignorante tem de dormir cedo. Boas Noites!

Ignorante uma vez, ignorante sempre...

Como diria, se não me engano, Sócrates (o filósofo grego, desta vez não é o primeiro-ministro, o que vou proferir não faria qualquer sentido com essa personagem), “Uma vida que não é questionada não merece ser vivida”.
E essa é uma luta constante do dia-a-dia…levar as pessoas a viver, a questionar…é uma necessidade do mundo de hoje mas, simultaneamente, uma necessidade que não desperta na consciência de cada um, ora adormecida, ora moldada….

Senão vejamos: aposto que mais de metade das pessoas que conheço (estou a falar de “pessoas crescidas”) não se questionam acerca do mais básico. É que, a meu ver, embora tenha toda a sua importância a busca de uma resposta e eu seja a pessoa mais ignorante para falar disso, o facto de colocar a pergunta já é dar um passo em frente: é não moldar a consciência, é sabermos que somos ignorantes. Porque, de facto, o somos! Eu moro numa casa onde não sei certamente a origem ou funcionamento de mais de 70% das coisas que nela estão. Por exemplo, como raio trabalha a máquina de lavar a roupa? Certo, dá umas voltas, água e sabão e aquilo fica limpinho…e a partir daí? Eu nem faço a mínima do que é a electricidade que a alimenta. Sei que a alimenta e que é preciso para aquilo funcionar…e que é ela afinal?

No meio disto surge-me à uma maneira lógica de fazer ciência mas que me parece um método um pouco erróneo. A isto está associada a teoria da evolução ou até mesmo a medicina. Há certos factos, e isso é que me mete um bocado de espécie, que se explicam por si mesmos. O que é super estranho, pois tendo em conta uma relação temporal dos factos, um facto deveria explicar-se com uma sucessão de outros. Exemplificando, porquê é que nós temos mãos? A resposta, prática, é porque dava jeito. No fundo, vai tudo dar a isso…”Numa população nasceu um indivíduo melhor adaptado e esse sobreviveu e possibilitou que os seus descendentes fossem portadores de tal característica. Ao longo dos tempos, novas adaptações poderão ir surgindo, vingando aqueles que melhor adaptados ao meio estão e também eles transmitindo essas características aos descendentes. ”.

Reparemos que é algo super lógico, tem todo o sentido, mas é estranho explicar-se um facto por si mesmo! E vejamos um exemplo mais concreto e neste nota-se muito mais: Porquê é que o ventrículo direito do coração é maior que o esquerdo? A maioria das pessoas responderá que é porque um vai bombear sangue para a circulação sistémica e outro para a circulação pulmonar mas como a circulação sistémica é muito maior comparativamente à pulmonar, é preciso muito mais sangue e daí o ventrículo ser maior (para não falar da concentração de músculo do miocárdio nessa zona). Não é estranho definir a razão de ser de algo com a razão da sua função?

Eu posso não saber metade das coisas que me rodeiam…e até gostava bastante de as saber…um dos meus grandes mistérios é o fogo. Um dia perguntei à minha professora de físico-química o que era o fogo. Ela só me disse que era um meio de libertação de energia. Não gostei da resposta mas por acaso não me esforcei em procurar muito, e achei a pergunta sem qualquer possível avanço para a ciência que a informação acerca de tal deve ser pouca.

Tudo isto apenas para salientar a importância de não moldarmos a nossa consciência, questionar aquilo que deve ser questionado do modo certo. “Porquê é que o tambor da máquina de lavar a roupa roda assim tão rápido?”. “Medicinamente falando”, diriam que era porque querias a roupa bem lavada e quando mais rápido, mais rapidamente a tinhas lavada e melhor porque mexe mais água. Logicamente falando (pelo menos segundo a minha), deve-se à força centrífuga que é induzida no mesmo. Mas depois vêm-me questões atrás de outras: afinal o que provoca essa força? Depois venho a saber que é uma transformação de energia eléctrica em energia mecânica que nunca aprendi como ocorre, mas apenas que ocorre…

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.


PS: Ignorante, isto é da Autopsicografia de Fernando Pessoa, está bem?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mais apoios? "Porreiro pah!"

O primeiro-ministro anunciou, esta sexta-feira, um aumento de 16 milhões de euros na dotação orçamental para as bolsas de acção social escolar no Ensino Superior que visa reforçar as «oportunidades» para deste nível de ensino por parte de todos os estudantes. in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1470676

Acho que sim meu caro, acho que sim! E concordo plenamente! Mas vejamos o seguinte: tenho um buraco na calçada em frente ao IST, uma coisa que até foi um comboio, mas que ao fim de contas nem foi muito notada a presença do comboio...
Aquilo pareciam umas obras que iam fazer, até pensei que fossem fazer uma estação de metro, de modo a que eu ia na linha vermelha da Alameda para o Saldanha e ouvia: "Próxima estação: Instituto Superior Técnico - Pavilhão Central"...

Mas sim, colocar a calçada é cada vez mais uma arte e anda a escassear! Calceteiros bons já há poucos e estão caros, então ainda não mandaram arranjar aquela calçada: "Eu sou calceteiro...calceto! Às vezes estou aqui a calcetar e o que é que acontece? Nada, uma medianiazinha!"...
Pois, isto porque os calceteiros conseguem "medianizar" o piso, mas não o do técnico...é uma excepção à regra. Afinal, alisar o piso do técnico não é assim tão "trivial".

Mas pronto, isto para dizer que o Sócrates é um "gajo porreiro pah" que até me vai calcetar o piso do Instituto, aquele das torres que perseguem a Maria Amélia...

E o piso mau é um factor de risco para conduzir carros! Carros que, afinal, se forem ainda conduzidos por quem não tem carta, há mais probabilidade para acidentes! E isto é um facto comprovado pela minha pessoa! Não tenho carta de pessoas, nem de mim próprio! Não me guio como deve ser pronto, estampei-me! E prova disso foi a nota do primeiro teste do de Álgebra, um granda estampanço!

Mas mais uma vez agradeço ao Sócrates, por dar esses apoios, por não ter carta de condução nem para ele, nem para o país. E já agora por não me pagar a minha carta...de carro, a outra já está encaminhada!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Diferença entre crescer e ser crescido (provavelmente)

A crescer:
- Epa, lembraste daquela vez em que foste para a Madeira e tiveste de vir mais cedo porque estavas com falta de ar ou o que era? Granda otário!
- Eia pah, nem me lembres disso que isso envergonha-me!

Crescido:
- Epa, lembraste daquela vez em que foste para a Madeira e tiveste de vir mais cedo porque estavas com falta de ar ou o que era? Granda otário!
- Eia realmente, e lembraste daquela vez em que o teu vizinho te viu a mandar pedras aos estoros do outro vizinho e foi falar com o teu pai? Granda filme!


Num, recorda-se com medo das consequências que tal tenha no tempo decorrente, até porque ainda temos a idade de quem fez esse erro.
Noutro, recorda-se como que a querer fazê-lo outra vez e que, se tivesse lá, não se importava nada de fazer outra vez exactamente a mesma coisa!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

In the beginning...

Epa, não é por nada mas a inteligência desapareceu!
ELa deve andar algures num sitío qualquer que eu ainda não descobri, mas ao fim e ao cabo acaba por não ser apenas um problema meu mas geral!
Senão vejamos a coisa estranha no meio disto tudo: a média de entrada no curso de Eng. Biomédica foi de 17,7 (aprox.). É uma média alta! É suposte ser só gente cujo modo de lidar com o ensino já está "batido". E posso até dizer que estou a falar por mim, no secundário não era aluno de marrar mas tiravas notas razoáveis e suficientes para entrar em Eng. Biomédica.
E todos nós, que estamos no curso, entramos com notas altas...e agora vemo-nos lixados para tirar sequer uma nota acima do 13 ou assim! No meu tempo, no secundário, difícil era tirar abaixo de 15 LOL
E então diz-me tu, universitário ignorante, de onde vem esta "lack of inteligence"?

Pois bem meu caro, tens de ter em conta que acabaste de sofrer uma série de mudanças: já és maior de idade, já não moras com os pais, já tens até que ir ao dia da defesa nacional, já não apanhas os autocarros velhos da Tejo para ir para casa mas sim o metro (uau, em Torres Novas não havia disto!) e um autocarro a abarrotar da Carris, já és tu o único responsável por todo o teu estudo, é-te exigido um ritmo muito mais elevado (então ainda por cima entraste como o IST, que querias tu?), separaste de várias pessoas do dia para a noite (grande parte da família e amigos ficaram "para trás"), etc. Por outro lado, uma série de novas experiência de estão obrigatoriamente a fazer crescer: estás a ter um contacto com um "pré-mercardo de trabalho", estás a ter uma série de relações novas com pessoas novas, estás num meio diferente (saíste de um sítio do tamanho do técnico para um sítio onde está o técnico!), etc. A partir daqui e agora é que vais construir o teu futuro. Tens de ter noção que já não és nenhuma criança. Sim, tens alturas em que podes ser mas tens de começar a pensar em pensar (sim, propositadamente repetido) que daqui para a frente é a tua vida: tu tiras o curso, pensas em seguir estudo e seguir estudo não como um fim mas como um caminho que tens de percorrer, assim um caminho bonito...na base, vai ter que trabalhar como as crianças: a brincar!

É verdade meu caro universitário, tens toda a razão mas isto não fica por aqui, fica pois sabendo que mais coisas virão, mais crises virão, mais problemas virão, mais conquistas, etc.
A seu tempo, meu caro, a seu tempo...