sábado, 23 de janeiro de 2010

Ignorante, de onde vens? Para onde vais?

Ignorante, questiona-te de tudo pah! Questiona a questão! Primeiro a sua análise ciêntifica. Sim, podias vir para aqui dizer que o onde é algo muito vago, porque na realidade não queres saber mesmo o onde mas sim um "tudo" no futuro. Afinal, se fores a analisar bem, na sítio onde estamos, e se nos dissessem onde vamos estar daqui a algum tempo, tu devias nem saber precisar esse sítio. Afinal o gato está vivo, mas se olhares para lá já deve estar morto ou algo assim!

Mas para onde vamos nós?
Há uns tempos li num livro intitulado As 10 questões a que a ciência não sabe responder [ainda] e havia uma questão que era: O que fazer com os estúpidos?.
Parece uma questão despropositada mas tem o seu sentido. Afinal, a exclusão social não ocorre apenas a nível económico e tudo o mais, a inteligência também tem o seu quê de exclusão!

Reparemos: homens e mulheres com QI elevado têm tendência a ser bem sucedidos tendem a casar e a ter filhos (sim, porque embora por aí andem muitos que sendo ambos homens ou ambos mulheres querem ter filhos, ainda só homens com mulheres podem ter filhos). Todo esse meio de "bem sucedido" tem tendência a ser passado de geração em geração. Assim, "uma nova série de pessoas bem sucedidas" é criada e tendem a casar com outras bem sucedidas, etc etc etc.
Por outro lado, temos pessoas mal sucedidas, que têm tendência a procriar com outras pessoas mal sucedidas. E assim cria-se esta "laia".

Politicamente falando, se todos sormos bem sucedidos, a sociedade seria algo estranho: todas a quererem o mesmo e a ambicionarem o mesmo. E afinal quem ficava o "Zé Povinho"?
É necessário, embora nos custe admiti-lo enquanto humanos e defensores de "direitos iguais", que tem de haver sempre uma parte prejudicada para benefício de outra. Ao sermos assim, continuamos no que estamos: manifestações da "laia" a pedir direitos iguais (sim, eu também sou um deles, nenhuma vergonha em dizê-lo), problemas políticos e essas coisas, etc. Mas também, se todos fossemos "bem sucedidos" era preciso haver alguém que fizesse o "trabalho sujo". Haveria pessoas licenciadas com trabalhos que não necessitam de tal coisa, etc. E mais manisfestações surgiam...

Se perguntassem ao Presidente da Junta de Freguesia da Murrunhanha qual o caminho da felicidade, ele diria: "O caminho para a felicidade realmente não sei. Mas! Mas! Mas se tem buracos isso não é culpa minha mas sim do presidente anterior!".

Eu diria que estamos numa crise, certo, mas de valores. Se fossemos educados de modo a que a nossa felicidade não fosse "material", estaríamos bem. Cada um teria uma personalidade própria, cheia de valores, porque não ia estar depositada em nada material. Essa personalidade seria também ela real porque se a felicidade residisse numa busca de valores, cada um teria de buscar os seus e não teríamos pessoas moldadas.

Talvez assim a representação do Zé Povinho muda-se e em vez de um Zé Povinho a fazer um "toma" tinhamos um Zé Povinho abraçado a pessoas engravatadas e que se costumam sentar em cadeiras do parlamento...porque não sonhar?

Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce

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