sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ignorante, teorizavas?

Meus caros, eu enquanto puto era um enorme Aristóteles (só não digo Sócrates porque pode induzir em confusão)!
Este post é mais para explicar a necessidade que temos em ter respostas e, simultaneamente, digo algumas das que tinha enquanto petit.

"Mãe, de onde vem o mar?"
Eu sempre tive uma resposta que achava altamente credível! O mar era uma lagoa muito grande entre montanhas muito grandes! E portanto as praias ficavam a grandes alturas! Digam lá que não era giro pensar assim? Além do mais, mais sentido fazia quando, enquanto indivíduo Torrejano, a praia a que normalmente se ia era a Nazaré. E, quem é de cá sabe, o que é aquele caminho que se tem que fazer para lá, pelo meio da serra e com curvas e contra-curvas.

"Hum...como é que eu separo o líquido do sólido dentro do corpo?"
Esta era altamente elaborada! Esta até já envolvia a invenção da roda!
Quando nós ingerimos o que quer que seja, não notamos nenhuma diferença a nível da garganta, certo? Não temos "três gargantas": uma para o ar, outra para a comida e outra para a bebida. E eu podia comer a beber ao mesmo tempo que isso não me fazia mal! Então a minha teoria era que tinhamos as duas aberturas actuais, mas tinhamos um filtro no esófago (na altura, para mim era só um tubo). Ao lado tinha uma roda com "braços" (do género colheres, eram raquetes de ténis pequenas, vá!) que estavam sempre dentro e fora do esófago. Quando vinha o comer, ele ficava na "raquete", e a água passava. O comer depois caía noutro compartimento para proceder à digestão...e por isso é que os meus pais não me deixavam comer de pernas para o ar, óbvio!

"Epa, e as agências funerárias?"
Sim senhor! Puto mas já a preocupar-me com a velhice!
Não sei se tinha ouvido alguma coisa acerca dessa teoria quando era puto mas eu não me conformava com a ideia de veio a morte porque o cuco não gostava de couves e pronto, acabou! Eu tinha uma teoria que não sei de que filósofo grego era, que dizia que nós íamos descendo de patamares. Se agora somos homens (patamar máximo), íamos descendo para outros animais, patamar a patamar.
Esta é a mais estranha de todos, porque lembro-me de pensar nela quando andava de bicicleta à porta de casa, a bela da BMX amarela!


E porque raio tinha eu estas ideias loucas?
É que nem eu faço a mínima! Mas a verdadde é que as tinha!
Podia estar erradas, mas na altura ficava contente com elas. Se calhar se não tivesse uma resposta na altura, era mais infeliz! (ou não...)

Mas a realidade é que, todo o nosso percurso, é uma busca incessante por respostas, não podemos pensar que, por exemplo, vou para a universidade e vou saber tudo. Errado! Eu vou lá e devo sair de lá a saber menos do que sabia quando para lá entrei! E não digam que é mentira porque é verdade! Eu entro para lá convencido que sei tudo, quando lá ando, sei as coisas ao pormenor e passo a ver que nada daquilo é certo, e portanto não sei nada ao certo!

Era apenas a reflexão estúpida de hoje! Divirtam-se com ela e não escrevam nas portas de casa de banho públicas a não ser que sejam passíveis de ser boa literatura de casa-de-banho (por exemplo: "Mi liga, vai!" ou coisas assim...)

0 comentários:

Enviar um comentário