domingo, 9 de maio de 2010

Ignorante, polarizas?

Polarizo, polarizo...quem me dera!
Aquilo que isto precisa é de um polaroid...para quem não sabe, um polaroid é, digamos, uma "coisa" que mete os raios de luz que lhe incidem a sair do outro lado todos com a mesma direcção. Na base, mete-os na linha!

E é um bocado disto que nós precisamos! De um governo que funcione como um polaroid, assim, que meta todos na linha!
Mas não estamos apenas a falar do governo, é preciso, em cada um de nós (isto agora vira filosófico), um polaroid que nos meta na linha!
Há pessoas que não tem raciocínio bem definido. São capazes de querer duas coisas que, para as ter as duas simultaneamente, é logicamente impossível.
Eu querer estar na Zibreira e em Lisboa ao mesmo tempo é, obviamente, impossível (pelo menos de acordo com os meandros da lógica e tendo em conta a ciência a que estamos habituados). O mesmo se aplica a eu dizer que (agora isto é dito de uma maneira geral mas facilmente se compreende a especificidade da coisa) quero a coisa X, portanto não quero a Y. Mas se a Y aparecesse daqui a uns tempos, já devia querer.

Ora, isto de tentar, de um certo modo, adivinhar o futuro e estando nós apenas a viver no presente, não reflecte uma impossibilidade lógica inacta? Quem manifestou o desejo acima ("...quero a coisa X, portanto não quero a Y. Mas se a Y aparecesse daqui a uns tempos, já devia querer.") tem uma certa noção da viabilidade de uma coisa e inviabilidade de outra.
Afinal, já dizia Mark Strand, O futuro começa agora!.

É preciso ter uma certa preocupação com o futuro porque, afinal, "é lá que se vive o resto da vida".
E agora, porque este blog é feio de incompatibilidades lógicas:
Nunca penso no futuro porque chega muito rápido - Albert Einstein

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