quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ignorante, amistoso?

Há uma certa altura, aposto que todos já passamos por isso, em que, inconscientemente, temos uma necessidade de "ordenar" os nossos amigos, só para ver com quem podemos "contar mais e contar menos". Mas ao mesmo tempo fazer isto é estúpido. Primeiro, porque maioritariamente esta vontade de os ordenar vem de um ou outro problema que possivelmente tenhamos e no qual queriamos o apoio deles. Contudo, nós também não mandamos nenhum foguete ao ar que formasse uma seta no céu a apontar para nós e com as letras "Tenho um problema!".

Mas afinal, e porque se pensa (alguém me vai matar por eu dizer isto x)), vemos que cada um tem o seu lugar e que nada pode ser ordenado. Se tivéssemos que nos limitar a cada um dos amigos que temos, viveríamos "normalmente", contentes com o amigo que temos. Se assim é individualmente, porque não também fazê-lo em conjunto? Só estamos é na presença de todos ao mesmo tempo...um bocado ao molho e fé em Deus x)

Deixo de seguida uma música que acaba por reflectir um bocado o estado actual (geral) da juventude em que estamos, embora seja cantada por um "velho bêbado" (porque será? x)). Não achei o original, fica um cover e a letra para seguirem...



Jorge Palma - Podem Falar

A coisa assim não dá, disse-me um dia o meu pai
Tu vives em sociedade e tens que perceber
Que as regras são para se cumprir... não sei se tu estás a ver, pá...
Ah, ah! - disse eu - Estou a ver muito bem...
Mas já agora diz lá que culpa tenho eu
Que no teu jogo existam cartas que não fazem sentido no meu...

Podem falar, podem falar,
Que o meu lugar é andar e o meu passo é correr
De vez em quando a cantar de vez em quando a sofrer.
Podem falar, podem falar,
Mas estão a perder tempo se pensam que um dia me hão-de amarrar.

As principais capitais aprendi eu no liceu,
Vi retratos de reis em tronos de ouro e marfim,
Mas ninguém me ensinou a nadar no rio que nasce dentro de mim.
Um dia pus-me a lutar, com as minhas contradições
Estive quase a morrer, mas acabei por escapar.
Para quem ama a liberdade o importante é nunca parar

Podem falar, podem falar,
Que o meu lugar é andar e o meu passo é correr
De vez em quando a cantar de vez em quando a sofrer.
Podem falar, podem falar,
Mas estão a perder tempo se pensam que um dia me hão-de amarrar.

Já vi muita gente a tentar agradar
A todo o gajo que pensa que nasceu para mandar,
Mas tenho visto muita gente que está só, a morrer devagar,
E a distância que existe entre o não ser e o ser
É uma questão de não se ter medo de ir longe demais.
O que ainda não tem preço é sempre o que vale mais.

Podem falar, podem falar,
Que o meu lugar é andar e o meu passo é correr
De vez em quando a cantar, de vez em quando a sofrer.
Podem falar, podem falar,
Mas estão a perder tempo se pensam que um dia me hão-de amarrar.

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