Há uma certa altura, aposto que todos já passamos por isso, em que, inconscientemente, temos uma necessidade de "ordenar" os nossos amigos, só para ver com quem podemos "contar mais e contar menos". Mas ao mesmo tempo fazer isto é estúpido. Primeiro, porque maioritariamente esta vontade de os ordenar vem de um ou outro problema que possivelmente tenhamos e no qual queriamos o apoio deles. Contudo, nós também não mandamos nenhum foguete ao ar que formasse uma seta no céu a apontar para nós e com as letras "Tenho um problema!".
Mas afinal, e porque se pensa (alguém me vai matar por eu dizer isto x)), vemos que cada um tem o seu lugar e que nada pode ser ordenado. Se tivéssemos que nos limitar a cada um dos amigos que temos, viveríamos "normalmente", contentes com o amigo que temos. Se assim é individualmente, porque não também fazê-lo em conjunto? Só estamos é na presença de todos ao mesmo tempo...um bocado ao molho e fé em Deus x)
Deixo de seguida uma música que acaba por reflectir um bocado o estado actual (geral) da juventude em que estamos, embora seja cantada por um "velho bêbado" (porque será? x)). Não achei o original, fica um cover e a letra para seguirem...
Jorge Palma - Podem Falar
A coisa assim não dá, disse-me um dia o meu pai
Tu vives em sociedade e tens que perceber
Que as regras são para se cumprir... não sei se tu estás a ver, pá...
Ah, ah! - disse eu - Estou a ver muito bem...
Mas já agora diz lá que culpa tenho eu
Que no teu jogo existam cartas que não fazem sentido no meu...
Podem falar, podem falar,
Que o meu lugar é andar e o meu passo é correr
De vez em quando a cantar de vez em quando a sofrer.
Podem falar, podem falar,
Mas estão a perder tempo se pensam que um dia me hão-de amarrar.
As principais capitais aprendi eu no liceu,
Vi retratos de reis em tronos de ouro e marfim,
Mas ninguém me ensinou a nadar no rio que nasce dentro de mim.
Um dia pus-me a lutar, com as minhas contradições
Estive quase a morrer, mas acabei por escapar.
Para quem ama a liberdade o importante é nunca parar
Podem falar, podem falar,
Que o meu lugar é andar e o meu passo é correr
De vez em quando a cantar de vez em quando a sofrer.
Podem falar, podem falar,
Mas estão a perder tempo se pensam que um dia me hão-de amarrar.
Já vi muita gente a tentar agradar
A todo o gajo que pensa que nasceu para mandar,
Mas tenho visto muita gente que está só, a morrer devagar,
E a distância que existe entre o não ser e o ser
É uma questão de não se ter medo de ir longe demais.
O que ainda não tem preço é sempre o que vale mais.
Podem falar, podem falar,
Que o meu lugar é andar e o meu passo é correr
De vez em quando a cantar, de vez em quando a sofrer.
Podem falar, podem falar,
Mas estão a perder tempo se pensam que um dia me hão-de amarrar.
skip to main |
skip to sidebar
Ignorante de segunda a sexta. Burro aos sábados, domingos e feriados...
0 comentários:
Enviar um comentário