domingo, 11 de abril de 2010

Ignorante, dualizas?

Não fiquem já a pensar coisas! Como é óbvio não venho falar da dualidade do electrão, que possui uma dualidade corpusculo-onda. O que acaba por ser um bocado estúpido e acaba ao mesmo tempo por ser uma coisa que me transcende porque, como é que uma coisa pode ser duas coisas diferentes ao mesmo tempo? É que se fosse uma que dentro dessa é outra, ainda compreendia que fosse as duas. Por exemplo: facilmente compreendo que tenho um carro e tenho um Fiat, é a mesma coisa que dizer que tenho um carro da marca Fiat. Mas sabemos que é a mesma coisa.
Mas se eu disser que tenho um gato que está vivo e está morto, é um bocado estúpido...

Do mesmo modo, venho falar do dualismo em que tendemos a viver: um dualismo científico-sentimental.

Com o desenvolvimento da ciência, cada vez mais tendemos a encarar como algo biológico ou até mesmo matemático aquilo que, na realidade, não parece muito sê-lo.
"Ai ai, sofreu um desgosto amoroso!" - então ele que guarde numa caixa aquilo que diz respeito a essa pessoa porque, segundo estudos cientificos, ajuda a terminar com o sofrimento (http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41056&op=all)

É uma coisa estúpida. Há coisas que acredito que não se conseguem explicar e acho que esta é uma delas: por mais que queiramos, não me parece que a parte sentimental venha a ser explicada por ciência.

Sim meus caros, já fui mais matemática em relação a isso...e ainda sou um bocado...mas depois vem a parte poética da coisa: se virem do lado matemático, aceitam facilmente tudo. Se não se vir desse lado, fica-se um bocado super-melancólico.

"Era então, faz favor, um pouco de dualismo poético, com separação sentimental e científica. Com coentros e sal, para temperar um bocado a vida, se faz favor!"

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