quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ignorante, sentimentalizas?

Já não é a primeira vez que denoto em muitas pessoas à minha volta um sentimentalismo miudinho...assim um bocadinho que se o cortássemos em fatias, colocássemos em banho maria durante cerca de meia hora, daria uma espécie de pasta semelhante ao nosso cérebro. Sim, porque segundo o professor de anatomia, "O cérebro é uma espécie de nhanha".

Venho com esta conversa porque tenho noção que um sentimento certo expresso numa altura errada vai dar em momento mau (sendo o momento igual ao produto da massa pela velocidade). Logo, quanto mais pesada for a pessoa que está a transmitir o sentimento, mais será (em modulo) o grau de desagrabilidade do momento. O mesmo ocorre se formos a andar de carro ou de avião...ou mesmo se andarmos a alta velocidade em busca de buracos negros!

Agora falando a sério: o sentimentalismo é estúpido! Refiro-me a isto por uma questão de efemeridade:
Estava o sujeito 1 e o sujeito 2 a merendar. Começam a falar:
Sujeito 1: Ah, gosto tanto de ti!
Sujeito 2: Ah, eu também!

Meia hora depois já estão a falar de futebol. Mas depois algures nas férias ou assim, quando separados os sujeitos, lembram-se das coisas. E depois vêm coisas do género: Oh, ele disse que gostava de mim!. E surgem miudezas relativas a depressões. Depressões daquelas momentâneas em que se vê um filme comovente porque apetece hidratas as bochechas!

E daqui eu venho elogiar a maioria da gente fria com sentimentos! Elogiar, q.b. Acho importante uma retracçãozinha sentimental mas também acho que se devem encher as pessoas de sentimento quando tem de ser! O ser humano não foi feito para lidar com o sentimento, foi feito para sobreviver...somos apenas máquinas de sobrevivência programada que aspiram algo mais. Daí a necessidade de tentar sentir!

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